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A Lua parece ter mais metal em seu subsolo do que se imaginava

Cientistas da NASA descobriram que a Lua possui muito mais metal do que se imaginava, abrindo  novas possibilidades para encontrar a origem da Lua.

Há muitas evidências que sugerem que a nossa Lua se originou de uma colisão cósmica entre um planeta que tinha o tamanho de Marte e da Terra juntos, em seus primeiros anos. No entanto, muitas informações ainda não estão claras e geram dúvidas para os cientistas da NASA. Porém, achados recentes e inesperados podem ajudar a descobrir mais sobre a história de como a Lua se originou.

Existe metal no interior da Lua?

Recentemente, uma equipe de cientistas procurou gelo no polo norte lunar usando o instrumento Mini-RF no Lunar Reconnaissance Orbiter, uma espaçonave não tripulada que a mais de dez anos orbita a Lua em missão de reconhecimento.

Lunar Reconnaissance Orbiter

Eles examinaram o chão da cratera lunar, na esperança de medir uma propriedade elétrica (constante dielétrica)  no solo lunar que se acumulou nesses locais. A constante dielétrica é um valor que compara as habilidades relacionadas de um material específico e o vácuo do espaço para transmitir campos elétricos. Para sua surpresa, os pesquisadores descobriram que a constante aumentou com as dimensões da cratera menores, com diâmetros de 2 a 5 quilômetros. Para crateras com diâmetros maiores, de 5 a 20 quilômetros, a propriedade permaneceu constante.

Segundo o autor do artigo publicado na revista científica Science and Planetary Science Letters, o relacionamento mencionado anteriormente foi uma surpresa para a equipe, pois não existiam motivos para acreditar que existisse. Como os meteoros que formam crateras mais substanciais também cavam mais fundo na superfície da Lua, os cientistas consideraram que a constante dielétrica crescente de poeira em crateras maiores poderia ser o resultado de meteoros desenterrando óxidos de ferro e titânio que se encontravam depositados por debaixo da superfície.

Se esta teoria estiver correta, sugeriria que apenas as primeiras centenas de metros da superfície da Lua mantêm uma quantidade reduzida de titânio e óxidos de ferro. No entanto, as partes mais profundas do solo lunar aumentaria significativamente a densidade desses materiais.

Depois de comparar suas imagens de radar com mapas de óxido de metal da LRO Wide-Angle Camera, da missão japonesa Kaguya e da sonda Lunar Prospector da NASA, a equipe de cientistas encontrou precisamente o que havia suspeitado. Descobriu-se que as crateras maiores eram realmente mais abundantes em metais, propondo que mais óxidos de titânio e ferro foram desenterrados das profundezas sob a superfície da Lua com o impacto dos meteoros.

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Embora os cientistas enfatizem que esses resultados não podem responder imediatamente às questões pendentes sobre como foi que a Lua se formou, isso reduz a incerteza sobre a distribuição de óxidos de ferro e titânio no subsolo lunar. Saber mais sobre essa distribuição poderia ajudar a expressar um vínculo mais explícito entre a Terra e a Lua, fornecendo uma base mais detalhada para comparar a futuras possibilidades de análises.

A equipe de pesquisa está atualmente examinando crateras no lado oposto da Lua, no hemisfério sul, tentando descobrir e comparar se os mesmos valores são válidos.

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Crédito imagem: pixabay

 

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