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Azul: Descubra por que quase não existem plantas ou alimentos desta cor na natureza

A cor azul apesar de ser facilmente encontrada em artigos criados pelos seres humanos como roupas, acessórios e brinquedos. Na natureza, entretanto, o azul se torna raro, principalmente quando falamos em alimentos. Descubra por que quase não existem alimentos naturalmente azuis na natureza.  

A cor Azul

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Certamente a cor azul é uma das mais bonitas que podemos ver e muito popular, estando presente em letras de música, versos e poemas ou mesmo em peças de roupa, brinquedos, bijuterias entre outros itens.

Entretanto na natureza a cor azul raramente acontece de forma natural, inclusive o maior exemplo de todos, o céu azul tão admirado pela maioria das pessoas, na verdade é branco, segundo os cientistas.

Até mesmo oceano com o seu belo tom azul safira nada mais é do que água cristalina e, portanto, incolor, refletindo a luz do sol.

Ao constatar isso, ao longo da história, cientistas, físicos e matemáticos buscam intender como a natureza funciona e o porquê de determinadas coisas acontecerem e outras não. Neste caso, por que a cor azul é tão rara na natureza?

O mistério dos pigmentos na natureza

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De acordo com os cientistas as substâncias que fornecem cores às plantas têm uma função muito específica e importante que é protegê-las contra as adversidades climáticas, ambientais e de predadores naturais.

Entretanto estes pigmentos coloridos, apesar da sua função especializada, também são sensíveis as condições presentes no ambiente onde a vegetação está inserida.

Tanto que as cores mais frequentemente encontradas na natureza são o verde e o vermelho por serem mais resistentes as características de pH do solo, luz, temperatura e até quantidade de água disponível.

Enquanto o pigmento azul e suas variações se deterioram mais rapidamente tornando as plantas com estas características mais raras de serem observadas.

Porém apesar de raras estas plantas e alimentos existem e a cor azul presente em suas flores ou frutos variam tornando-os muito interessantes.

Aliás segundo o autor Carl Sagan as razões do azul não ser predominante na natureza possui uma explicação simples. “Há um pigmento orgânico específico responsável pela absorção da luz em flores como as rosas e as violetas chamado Antociano. De forma visível este pigmento se torna vermelho em solo ácido, azul em ambiente totalmente alcalino e violeta em água.”

Ainda conforme Sagan “…é difícil encontrar pigmentos azuis na natureza devido à complexidade de sua composição, seja ela em plantas, rochas ou areia. Além disso a seleção natural feita pelos seres vivos contribuiu significativamente para a redução ou extinção de tais elementos.”

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Plantas e alimentos naturalmente azuis

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Instintivamente os seres humanos e animais aprenderam a utilizar alguns dos cinco sentidos, ou seja a visão, olfato e paladar para descobrir se uma determinada fruta, folha ou flor pode ser ingerida como alimento.

Aliás este “ensinamento” nos foi transmitido pelos homens primitivos que aprenderam, na época da Pré-História, a relacionar as cores com sabores e desta maneira escolherem o que comer.

Por exemplo de acordo com o engenheiro de alimento Marcelo Alexandre Prado “A experiencia cognitiva do ser humano relaciona cores quentes como laranja, amarelo e vermelho à sabores doces. Enquanto o verde é naturalmente associado a sabores ácidos e azedos como o limão. Contudo o azul está relacionado a alimentos embolorados e, portanto, inapropriados para consumo.”

Assim é bem possível que na Pré-História, levando em conta estas informações adquiridas a respeito das cores, inúmeros alimentos com pigmento azul não eram consumidos.

Então devido a seleção natural a maioria destas plantas acabaram extintas em prol das demais, cujas cores eram mais apreciadas e procuradas.

Contudo separamos alguns exemplos de plantas e alimentos azuis que existem na natureza atualmente, descubra quais já conhece e se já provou destas iguarias raras.

Vitelotte Noire ou Batatas Vitelotte

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Esta batata tem a casca azul brilhante, sendo uma iguaria encontrada naturalmente no Peru e na Bolívia. Aliás apesar de ser uma batata o seu sabor tem um leve toque de avelã.

De acordo com a literatura este tubérculo seria o predileto do escritor francês Alexandre Dumas, famosos pela obra Os três Mosqueteiros!

Milho Azul

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Surpreendente, esta variedade de milho oriundo do México possui os grãos azuis e brilhantes, lembrando pequenas pedras preciosas. Contudo apesar de esteticamente bonito, o milho azul é popular devido a sua farinha, rica em vitaminas e muito usada na fabricação das tortilhas, as famosas panquecas mexicanas.

Couve-Roxa e Cebola roxa

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Estas variedades de couve e cebola possuem inúmeros nutrientes importantes para o organismo. Aliás a sua bela cor vem das antocianinas, também presentes nas cebolas roxas e Blueberrys. A couve roxa, assim como a cebola roxa, é rica em antioxidantes desta forma seu consumo em saladas cruas ou em refogados as tornam uma fonte da juventude natural, pois reduz o envelhecimento celular.

Mirtilos ou Blueberrys

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Os mirtilos, são pequenas frutinhas que mais parecem pérolas azuis, cuja doçura e sabor únicos, as transformaram em um sucesso tanto em bolos e sucos como in natura.

Inegavelmente rica em antocianinas que lhes confere a cor azul, as Blueberrys possuem um forte poder antioxidante quando consumidas em sucos ou ingeridas naturalmente em saladas de frutas ou recém-colhidas. Não é à toa que estas frutinhas são muito populares em países da América do norte como Estados Unidos e Canadá, pois além de doces, sua polpa é macia e sem sementes.

Boleto-do-Diabo

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Apesar do nome um tanto assustador, este tipo de fungo comestível é bastante apreciado na culinária europeia devido ao sabor tanto quanto a sua beleza. Isto por que ao ser cortado, sua polpa se transforma tornando-se azul intenso em contato com o ar.

Entretanto o Boleto do diabo pertence a uma vasta família de fungos e nem todos são comestíveis, assim certifique-se da procedência antes de sair dando aquela mordida.

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