Cães e gatos podem contrair o vírus COVID-19 (coronavírus)?
O coronavírus tem infectado pessoas do mundo inteiro e não bastasse o pânico que a propagação da doença tem causado, é possível que cães e gatos também possam vir a se infectar.
Em 28 de fevereiro, o cão de um paciente com coronavírus em Hong Kong foi testado como “fraco positivo” para o coronavírus, também conhecido como COVID-19. Em uma declaração do Departamento de Agricultura, Pescas e Conservação (AFCD) do território, um porta-voz do governo disse que o cão não apresentava “nenhum sintoma relevante” e estava em quarentena. Naturalmente, o ocorrido trouxe a dúvida para os donos de animais do mundo inteiro: podem os cães e gatos pegar o coronavírus?
Diante disso, na China, para se aproveitar de tal situação, máscaras para pets têm sido adquiridas por seus donos para proteger seus animais de estimação de um possível contágio.
O chefe de medicina veterinária da Modern Animal em Los Angeles, destacou que os coronavírus são de uma família de vírus que contém diversas cepas. Uma cepa, é claro, é o COVID-19 atual e a outra é a SARS, que causou uma epidemia em 2003. Embora não esteja claro se o cão em Hong Kong tenha coronavírus, existem cepas de coronavírus que afetam cães filhotes.
De fato, a doença tende a ser leve e autolimitada, mas como os próprios coronavírus são capazes de sofrer mutações rápidas, é necessário estar sempre à procura de evidências de doenças causadas por novas cepas desse vírus.
Apesar de o cão em Hong Kong ter testado para um “fraco positivo” para o COVID-19, o caso de infecção não é confirmado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) pois não existem evidências de tal fato. Além disso, também não existe nenhuma evidência de que cães e gatos, possam vir a transmitir o COVID-19 para os humanos.
Segundo o funcionário do governo, “o AFCD não tem evidências de que animais de estimação possam ser infectados pelo vírus COVID-19 ou podem ser uma fonte de infecção para as pessoas” e que mais testes serão feitos “para confirmar se o cão realmente foi infectado com o vírus ou isso é resultado de contaminação ambiental “. Portanto, não está claro neste momento se este cão em Hong Kong tem COVID-19 e se ele pode contrair a cepa do coronavírus.
“Como o cão vive com um paciente com COVID-19, o potencial é significativo para o resultado do teste ter sido positivo, já que o cão pode pegar o vírus do ambiente com o nariz”, diz Long. Ela ressalta que o fato de o cão não apresentar sintomas é um bom sinal.
Ainda assim, recomenda-se que os donos de animais se lembrem de boas práticas de higiene e sempre lavem bem as mãos depois de interagir com os animais. Lavar bem as mãos por 20 segundos, ensaboando as mãos com água e sabão, é a melhor maneira de se manter seguro.
Conheça 4 doenças transmitidas por pets
Tratados como membros da família, fazemos de tudo para que nossos pets possam ter do melhor. Muito próximos a nós, abraçamos, beijamos e até dormimos com eles. Para aproveitar todo esse carinho que temos por eles, e eles por nós, é preciso estar atendo a saúde deles, pois algumas doenças são transmissíveis a nós.
Conhecidas como zoonoses, a transmissão acontece por contato com o pelo, saliva, urina ou fezes do pet contaminado. Porém, pode ser evitado, com alguns cuidados e o tratamento adequado.
Além de banhos periódicos, é necessário manter a limpeza do ambiente aonde o pet circula, mas principalmente ir regularmente ao veterinário, para que a carteira de vacinação de seu pet esteja sempre em dia e você e seu pet se protejam das 4 principais doenças transmitidas pelos animais domésticos.
Giardíase
A Giardíase é uma das principais verminoses transmitidas por animais domésticos. Sua contaminação se dá através do consumo de alimentos ou água contaminada pelos ovos do protozoário Giárdia spp. Além da água e dos alimentos, estes ovos também podem ser encontrados nos pelos dos animais.
Tratamento
O diagnóstico é feito a partir de exames de fezes e assim que identificado, o tratamento deve ser iniciado o quanto antes. O tratamento é um pouco longo, porém eficaz.
Prevenção
Entre os cuidados que se deve ter para proteger seu pet e você de uma contaminação, temos que:
- Higienizar o ambiente aonde o animal fica ou se alimenta;
- Vermifugar regularmente seu animal de estimação;
- Higienização das mãos sempre que interagir com seu pet.
Toxoplasmose
Toxoplasma Gondii é o nome do protozoário que causa a doença que fica depositado nas fezes dos felinos contaminados. Muito grave para gestantes, pode causar danos irreversíveis ao feto e provocar o óbito de pessoas com baixa imunidade.
Tratamento
Apesar de muito perigosa, é uma doença que regride naturalmente para a cura em pessoas cujo sistema imunológico esteja saudável. Já para pessoas imunodeprimidas, o tratamento é feito a partir de medicamentos específicos, sendo que para gestantes, requer um acompanhamento mais próximo para evitar que a doença seja transmitida ao feto.
Prevenção
Para o animal não contrair o protozoário, o principal cuidado é minimizar o seu acesso à rua e permitir uma alimentação exclusivamente de ração. Já para os humanos, é preciso evitar o contato com as fezes dos gatos, a higienização correta de alimentos, além de evitar o consumo de carnes mal passada
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Leishmaniose
O protozoário do gênero leishimania é o causador da doença que pode ser fatal aos seres humanos. O animal é contagiado quando o mosquito-palha contaminado o pica ou quando um mosquito-palha não contaminado pica um animal já infectado e depois pica o homem, transmitindo o protozoário.
Tratamento
Apesar do tratamento, não existe um tratamento da Leishmaniose para cães, tendo um índice de morte de 90%. Já para humanos, é possível tratar a doença utilizando medicações específicas.
Prevenção
O uso de coleiras repelentes é o melhor meio de prevenir que o mosquito se para picar o animal.
Raiva
A raiva é uma das mais graves zoonoses, por ser uma infecção viral que ataca o sistema nervoso, podendo causar inflamação do cérebro, levando o indivíduo a óbito. Sua transmissão acontece pela mordida ou lambida do animal contaminado.
Tratamento
O tratamento da raiva ainda não foi comprovado, pois seu nível de mortalidade é próximo de 100%. Através da vacinação preventiva, alguns animais se curam logo que foram expostos ao vírus, sendo que outros, são submetidos a tratamentos mais complexos a fim de evitar o óbito.
Prevenção
É inevitável manter a carteira de vacinação em dia. Além disso, evitar que seus pets tenham contato com animais de rua são a melhor maneira de prevenir o contágio.
Crédito imagem: pxhere – getty images
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