Como as vacinas são feitas?
Várias estratégias básicas são usadas para fazer vacinas. Os pontos fortes e as limitações de cada abordagem são descritos aqui.
Enfraquecendo o vÃrus
Usando essa estratégia, os vÃrus são enfraquecidos, de modo que se reproduzem muito mal quando entram no corpo. As vacinas contra sarampo, caxumba e rubéola (trÃplice viral), rotavÃrus, poliomielite oral , varicela e algumas versões contra a influenza, são feitas dessa forma.
Enquanto os vÃrus naturais se reproduzem milhares de vezes durante uma infecção, os vÃrus da vacina geralmente se reproduzem menos de 20 vezes. Como os vÃrus da vacina não se reproduzem muito, eles não causam doenças, mas os se replicam o suficiente para induzir “células B de memória” que protegem contra infecções no futuro.
A vantagem de manter o vÃrus vivo “enfraquecido” é que uma ou duas doses fornecem imunidade que geralmente dura a vida toda. A limitação dessa abordagem é que essas vacinas geralmente não podem ser administradas a pessoas com sistema imunológico enfraquecido (como pessoas com câncer ou HIV).
Inativando o vÃrus
Usando essa estratégia, os vÃrus são completamente inativados (ou mortos) por uma substância quÃmica. Ao matar o vÃrus, ele não pode se reproduzir ou causar doenças. As vacinas inativadas contra poliomielite , hepatite A, influenza (injeção) e raiva são feitas dessa forma. Como o vÃrus ainda é “visto” pelo corpo, são geradas células do sistema imunológico que protegem contra doenças.
Existem dois benefÃcios nesta abordagem:
- Ela não pode causar nem mesmo uma forma leve da doença que previne;
- Ela pode ser administrada a pessoas com sistema imunológico enfraquecido.
No entanto, a limitação dessa abordagem é que normalmente requer várias doses para atingir a imunidade.
Usando uma parte do vÃrus
Usando essa estratégia, apenas uma parte do vÃrus é removida e utilizada. As vacinas contra a hepatite B, uma a contra herpes zoster (Shingrix®) e também contra o papilomavÃrus humano (HPV) são feitas dessa forma.
A vacina é composta por uma proteÃna que reside na superfÃcie do vÃrus. Essa estratégia pode ser usada quando uma resposta imune a uma parte do vÃrus (ou bactéria) é responsável pela proteção contra doenças.
As que utilizam parte do vÃrus, podem ser administradas a pessoas com imunidade enfraquecida e parecem induzir imunidade de longa duração após duas doses.
Usando uma parte da bactéria
Algumas bactérias causam doenças ao produzir uma proteÃna nociva chamada toxina. Várias vacinas são feitas tomando toxinas e inativando-as com uma substância quÃmica (a toxina, uma vez inativada, é chamada de toxoide). Ao inativar a toxina, ela não causa mais doenças. As vacinas contra difteria, tétano e coqueluche são feitas dessa forma.
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Outra estratégia utilizada na fabricação é através de uma parte do revestimento de açúcar (ou polissacarÃdeo) da bactéria. A proteção contra a infecção por certas bactérias é baseada na imunidade a esse revestimento de açúcar (e não a toda a bactéria). No entanto, como as crianças pequenas não têm uma resposta imunológica muito boa apenas ao revestimento de açúcar, o revestimento está ligado a uma proteÃna inofensiva (isso é chamado de vacina de “polissacarÃdeo conjugado”). tipo B (ou Hib) , pneumocócica e algumas vacinas meningocócicas são feitas dessa maneira.
Dois tipos: as meningocócicas, que previnem contra um tipo especÃfico de bactéria (tipo B) não contido nas outras vacinas meningocócicas, são feitas usando duas ou mais proteÃnas da bactéria, não o polissacarÃdeo bacteriano.
Assim como as vacinas virais inativadas, as vacinas bacterianas podem ser administradas a pessoas com sistema imunológico enfraquecido, mas muitas vezes requerem várias doses para induzir imunidade adequada.Â
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