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Coronavírus: Devo me preocupar se faltar máscaras?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou surto de coronavírus, uma emergência de saúde pública de interesse internacional.

Houve quase 12 mil casos de pessoas contagiadas pelo chamado 2019-nCoV na China. 23 países afetados e mais de 260 mortes somente na China até o momento.

China, Alemanha, EUA e vários outros países confirmaram que o vírus pode se espalhar de pessoa para pessoa, mesmo de pessoas que não apresentem nenhum sintoma.

Agora, há relatos de escassez de máscaras em diversos países do mundo, incluindo a Austrália, os EUA e em muitas cidades da China .

Devemos ficar preocupados com a falta de máscaras? Ou podemos apenas enrolar um lenço ou um pedaço de pano em volta do rosto para nos proteger contra infecções?

 

Qual a importância das máscaras?

Para uma doença que ainda não há remédios ou vacina, medidas não farmacêuticas são a base do controle. E isso inclui equipamentos de proteção individual, como máscaras faciais, frequente higiene das mãos com álcool em gel e mudanças de hábito para nos proteger do contágio.

Mas o tipo de máscara facial, que normalmente vemos (máscaras cirúrgicas), não fornece uma vedação ao redor da face ou a filtragem das microscópicas partículas transportadas pelo ar, como aquelas que podem levar o coronavírus.

No entanto, essas máscaras fornecem uma barreira física limitada contra a transferência do vírus da sua mão para o rosto ou de gotas e respingos de fluido. Por isso, ao colocar e retirar a máscara, é necessária adequada atenção.

 

Realmente precisamos dessas máscaras contra o Coronavírus?

Fila para comprar máscaras.

No epicentro da doença, Wuhan, ou em um voo de evacuação para fora de Wuhan, as máscaras faciais são uma precaução sensata. Elas também são necessárias em outras cidades chinesas afetadas pelo surto e onde a transmissão está em andamento. No entanto, em países onde a transmissão não é generalizada, as máscaras não servem para nada.

Por exemplo, não é necessário que o público em geral use máscaras faciais no Brasil ou países próximos, onde são relatados apenas alguns casos suspeitos de pessoas contaminadas, e o risco de pegar o vírus praticamente nenhum.

Durante a pandemia de gripe H1N1 em 2009, a OMS não recomendou máscaras faciais para a população em geral. O caso é diferente para os profissionais de saúde, que enfrentam maiores riscos, sendo essencial a utilização por eles para uma melhor proteção. São eles que vão combater a disseminação do vírus, auxiliando na orientação, prevenção e principalmente, na recuperação das pessoas infectadas.

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Máscaras faciais de baixa qualidade

Outro problema é a venda de máscaras faciais de baixa qualidade devido à escassez de produtos no mercado, como foi relatado na China e Hong Kong. A alta demanda, faz com que as empresas, na necessidade de atender o mercado, baixem a qualidade da matéria prima.

As máscaras faciais não são reguladas por órgãos da saúde, podendo não filtrar e permitir a entrada de grandes quantidades de ar pelas laterais.

 

Se eu não tiver uma máscara, posso enrolar um lenço no rosto?

Enrolar um lenço em volta do rosto, provavelmente não o protegerá tão bem como uma máscara. Isso ocorre porque um lenço ou um cachecol, não fornecem um ajuste firme ao redor do rosto, por não ter sido projetado para filtrar o ar ou reter secreções contaminadas. No entanto, durante a epidemia de Ebola, uma mulher cuidou de toda a família com a doença, usando equipamento de proteção caseiro e não foi infectada.

Embora as notícias sobre a escassez de máscaras possam parecer assustadoras, se você estiver em um país com poucos casos isolados, não precisará de nenhuma, pois o risco de infecção é muito baixo.

Mesmo que você utilize uma máscara facial, ela pode proteger contra grandes gotas (aquelas que você sente na pele quando alguém fala próximo a você) e proteger de levar as mãos ao rosto, mas não contra partículas menores no ar.

Desta forma, lave bem as mãos, frequentemente, e evite levá-las a boca e olhos. O álcool gel facilita e também é muito eficaz na higienização das mãos, prevenindo de infecções.

Imagem: Reuters / Picture Alliance

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