Seja curioso e descubra o que acontece no mundo

Conheça a rara Fetus in fetus quando o bebê nasce “gravido”

Esta é a doença rara que virou noticia na Colômbia no ano passado quando uma jovem mãe descobriu que sua bebê de 35 semanas estava “grávida”, pois continha um feto crescendo em seu abdome. Conheça a Fetus in fetu e descubra como acontece.

Fetus in Fetu

fetus2

A Fetus in fetus é uma doença rara tendo apenas 200 casos registrados em todo o mundo , ou seja, existe cerca de 1 caso para cada 500 mil nascimentos. Desta forma a condição se enquadra entre as 10 doenças mais raras do mundo.

A Fetus in fetu tem inicio no começo da gestação de bebês gêmeos quando, durante as divisões celulares, um dos gêmeos acaba ficando aderido ao irmão da mesma forma que um parasita.

Assim o pequeno fetu acaba se desenvolvendo na região abdominal do outro bebê ou mesmo em outras partes do corpo do irmão saudavel.

A doença é considerada um caso extremo de gêmeos siameses devido a uma falha na divisão das celulas que não se separam totalmente para formar duas crianças distintas.

Entretanto, o feto retirado do irmão não possui a capacidade de sobreviver sozinho, pois não desenvolve os órgão vitais como cérebro, coração e pulmões.

Aliás o pequeno feto, por não ter órgãos internos, precisa que o gêmeo hospedeiro forneça alimento e até o suprimento sanguíneo necessário para sua existência.

O Primeiro Caso Conhecido

imagemfetu

O primeiro registro de um caso de Fetus in fetu foi descrito por George William Young em 1808.

Entretanto quem descobriu a condição foi Meckel ao observar dois bebês gêmeos univitelinos, sendo um deles mal formado e parasitado ao outro saudável.

Embora seja incomum a doença costuma ser descoberta no primeiro ano de vida da criança que apresenta um abdome proeminente como sintoma.

Porém existem casos de adultos serem diagnosticados com Fetus in fetus devido a exames tardios, geralmente em países mais pobres onde o acesso a saúde fica mais difícil.

Como resultado, muitas vezes um caso de Fetus in Fetus pode ser confundido com Teratoma, um tipo de tumor que possui ossos, dentes e cabelos.

Aliás em raros casos o tumor é capaz de ter até tecidos similares a órgãos vitais como coração, por isso confundir as duas doenças é comum.

Entretanto é possível diferenciar o gêmeo parasita do tumor porque possui uma coluna vertebral e não se torna um câncer maligno ao contrário do Teratoma, que pode evoluir para um tumor maligno.

Você também pode se interessar por:

Os Riscos da Fetus in Fetus

fetus

Inegavelmente a doença do gêmeo parasita gera riscos a saúde da criança saudável.

Embora o feto não possa evoluir para um câncer ele chega a pear 1 kg dentro da cavidade abdominal e suga nutrientes e oxigênio do bebê hospedeiro para se manter.

Além disso, o parasita nem sempre está aderido no abdome, mas pode estar localizados em locais mais delicados do corpo como no fígado, no crânio, na cavidade oral e até no interior dos pulmões.

Às vezes acontecem situações onde a doença surpreende a medicina ao apresentar mais de um feto parasitado.

Assim foram ao todo 13 casos registrados de bebês com dois fetos parasitas ao mesmo tempo em seus corpos.

Porém antes de mais nada é preciso deixar claro que esses fetos não estão vivos e tão pouco conscientes.

Em seus corpos não existe a presença de órgão vitais como cérebro, pulmões nem coração.

Ou seja, nas cavidades onde deveriam haver estes órgãos são encontrados apenas massas de tecidos compactas sem a função de sustentar vida.

O Caso da Bebê com Fetus in Fetus

bebe colombia

O bebê colombiano, uma menina, foi retirada do útero materno em uma cesárea de emergência com apenas 35 semanas devido a localização do gêmeo parasita em seu corpo ser delicada.

Então e em seguida ao seu nascimento foi submetida a uma cirurgia para remover o feto que estava alojado em seu Abdome.

A operação foi um sucesso e apesar do susto vivido pela família, a criança e a mãe passam bem.

A criança é saudável e feliz, tendo como única sequela da doença rara, uma pequena cicatriz em seu abdome que, com certeza, desaparecerá com o tempo.

Créditos de imagem: Bing Images e Pixabay

você pode gostar também