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4 livros manuscritos antigos mais misteriosos do mundo

Para quem gosta de um bom livro, lêr é uma maneira de relaxar do stress diário. Independente do assunto, as histórias transportam o leitor para outro lugar, para viver novas aventuras, romances e até alguns sustos. Mas existem livros antigos que ainda são um enigma e estimulam nossa curiosidade. Assim separamos alguns dos livros manuscritos antigos mais misteriosos do mundo.

Manuscrito de Voynich

Manuscrito Voynich

Conhecido como “o livro que ninguém consegue ler”, o manuscrito é cheio de ilustrações e, de acordo com a datação por carbono, foi escrito no século XIV.

O manuscrito de Voynich recebeu o nome do livreiro de origem polonesa Wilfrid M. Voynich que o adquiriu em 1912. O documento foi estudado e analisado por inúmeros criptógrafos mas nenhum foi capaz de decifrar o que está escrito.

Em virtude de sua aparente impossibilidade de tradução muitos acreditam se tratar de uma fraude. Porém esta opinião ainda não é um consenso no mundo cientifico.

Então em 1978 o filosofo John Stojko  afirmou que o idioma usado no manuscrito foi o ucraniano mas sem o uso das vogais e chegou a “traduzir” um trecho que fez certo sentido que dizia: O Vazio é aquilo pelo qual combate o “Olho do Pequeno Deus”.  Mas a comunidade cientifica não ficou convencida pois o texto não condizia com as ilustrações.

Entretanto a pouco tempo o especialista em textos da idade média e em linguagem medieval Nicholas Gibbs afirmou ter passado três anos analisando e estudando o manuscrito.

Segundo ele o documento está escrito em latim de uma forma bastante simplificada e o material não teria nada de misterioso, sedo um livro médico para tratar da saúde íntima feminina.

Ainda segundo o especialista britânico ele teria chegado a esta conclusão após comparar o material com outros da idade média sobre medicina, como por exemplo Trotula, uma coleção de livros sobre saúde feminina do século XII.

Infelizmente os mistérios do manuscrito podem ter sido solucionados, isso se não surgir novas descobertas.

O Códex Rohonci

Códex Rohonc

Este livro manuscrito ainda é um mistério pois seu texto está escrito em um idioma desconhecido. O material é todo ilustrado e tanto o autor como a origem e significados do livro, apesar de analisados por inúmeros especialistas húngaros, são um mistério.

Muitos acreditam que o códex é uma fraude e que seus textos nada signifiquem, mas esta ainda não é a conclusão definitiva.

De acordo com a antiga ortografia húngara o Códex Rohonci era escrito com grafia diferente ficando Rohonczi. O nome teria sido dado em homenagem a cidade de Rohonc, que fica a oeste da Hungria, atual Rechnitz na Áustria.

Doado a Academia Húngara de Ciências em 1838 pelo conde húngaro Gusztáv Batthyány, foi estudado por inúmeros especialistas no período de 1840 até 1890, sem nenhuma conclusão definitiva ou tradução.

Todavia existem especulações prováveis. A primeira foi a descoberta de uma descrição em um catalogo de 1743 da Biblioteca de Rohonc dos Battahnyánys  que diz “ Magyar imádságok, volumen I. em 12.” Ou seja Orações húngaras em um volume de 12, sendo que o tamanho e conteúdo são similares ao do misterioso manuscrito.

Mas a segunda teoria provável de origem do manuscrito foi suposta por um historiador húngaro chamado Károly Szabó em 1866.

De acordo com ele o Códex seria uma farsa produzida por Sámuel Literáti Nemes, antiquário famoso no século XVIII e XIX por suas falsificações bem feitas.

Entretanto o material do qual é feito o manuscrito seria um papel veneziano feito em 1530 o que deixou ainda muitas questões em aberto até que em 2010 Gábor Tokai conseguiu decifrar partes do códex como sendo um texto de caráter religioso.

No mesmo período outro estudioso chamado Levente Zoltán Király chegou as mesmas descobertas, confirmando as conclusões de Tokai.

Então em 2018 eles ainda estavam estudando o material e acreditam ser um texto religioso, provavelmente referente ao Novo Testamento, mas apesar de todo este tempo ainda não foram divulgadas conclusões e uma tradução definitiva. O Manuscrito de Rohonc ainda é um mistério.

Manuscrito Liber Linteus Zagrabiensis

Manuscrito Liber Linteus Zagrabiensis

Este raro livro manuscrito etrusco do século 3 a.C é o único livro feito de linho encontrado no mundo. Usado para envolver o corpo de uma múmia egípcia, o manuscrito teve seu idioma identificado de forma incorreta até 1891 quando o material foi levado para Viena e o especialista na língua Copta Jacob Krall identificou o idioma como sendo Etrusco.

Infelizmente por haver muito pouco material dos Etruscos, principalmente escrito, é quase impossível traduzir o texto, além de ser um dos livros antigos mais longos já descobertos.

De acordo com os especialistas, o manuscrito de Liber Linteus Zagrabiensis acabou como material de mumificação egípcia depois da queda dos Etruscos pelas mãos dos Romanos.

Os Romanos não tinham interesse na cultura e conhecimentos dos povos conquistados, assim o documento, por ser feito de tiras de linho, acabou entregue aos egípcios para usarem como invólucro dos seus mortos.

Para descobrir mais a respeito do material teria de saber onde a múmia egípcia foi descoberta e escavada, mas como ela foi adquirida de forma clandestina pelo oficial húngaro Mihajlo Baric quando esteve no Egito em 1848, não existe nenhum registro.

Assim, devido a fragilidade do manuscrito e da grande impossibilidade de tradução, pelo menos no momento, o único livro de linho do mundo permanece sem tradução e um completo enigma para historiadores e criptógrafos.

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Manuscrito Oera Linda

Manuscrito de Oera Linda

Este livro manuscrito causou e ainda provoca polemicas entre historiadores e tradutores. Muitos acreditam ser falso ou escrito como uma parodia de textos bíblicos, mas não se tem certeza, sendo apenas suposições.

Escrito em Frísio antigo, idioma germânico ocidental falado entre os séculos VIII e XVI na região entre Reno e Weser, aborda temas variados como mitologia, religião e alguns temas históricos da antiguidade a partir de 2194 a.C. e 803 d.C.

Sua existência foi divulgada pela primeira vez em 1860, mas foi somente alguns anos depois que Jan Gerhardus Ottema publicou uma tradução no idioma holandês em 1872, além de afirmar que o Oera Linda era um documento autêntico.

De acordo com as traduções o texto do Oera Linda afirma que a Europa e outras regiões durante muito tempo foi governado por uma ordem de “folks-mães”, sacerdotisas celibatárias que dedicavam a vida a deusa Frya.

O manuscrito teria vários autores e inúmeras compilações diferentes ao longo da sua história, assim ele se tornou uma mistura de escritos contemporâneos e inscrições antigas.

Todavia em 2007 o historiador Goffe Jensma comentou que o livro manuscrito nada mais era do que “uma brincadeira para enganar frísios nacionalistas e cristãos ortodoxos…” e que teria sido escrito no século XIX, porém nem mesmo esta conclusão é totalmente aceita e o manuscrito ainda guarda alguns segredos.

Estes livros antigos provavelmente permanecerão um enigma, mesmo que se consiga traduzir o seu conteúdo ou chegar perto disto, a real intenção do autor nunca saberemos. São como uma boa história de mistério esperando para serem resolvidos.

 

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