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Milhares de cidades dos EUA podem virar cidades cidades fantasmas até 2100, conclui estudo

Imagem: Pexels/ Stephane LEGRAND

À medida que o século 21 avança, o panorama urbano dos Estados Unidos enfrenta uma transformação sem precedentes e a possibilidade das cidades virarem cidades fantasmas. Um estudo recente revela uma previsão alarmante: quase metade das quase 30.000 cidades dos EUA poderá experimentar um declínio populacional significativo, perdendo entre 12 a 23 por cento de seus habitantes até o final do século. Essa mudança demográfica poderá transformar comunidades vibrantes em cidades fantasmas, alterando drasticamente a dinâmica e a infraestrutura urbana.

A análise sugere que as futuras cidades poderão se assemelhar mais a comunidades fragmentadas e dispersas do que a cidades fantasmas completas, à medida que as populações se deslocam dentro e entre as cidades. No entanto, essa transição depende da capacidade dos governos locais e dos planejadores urbanos de responder e se adaptar às necessidades em mudança de seus residentes.

A implicação dessa maciça diminuição populacional traz desafios sem precedentes, possivelmente levando a interrupções em serviços básicos como trânsito, água potável, eletricidade e acesso à internet. O declínio populacional em certos bairros pode resultar no fechamento de supermercados, criando desertos alimentares e deixando a infraestrutura negligenciada em cidades em declínio.

A pesquisa, que expandiu sua análise para incluir todos os 50 estados, baseia suas projeções em tendências populacionais de dados do censo dos EUA de três períodos ao longo de 20 anos e dois conjuntos de dados que incorporam cinco possíveis cenários climáticos futuros.

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Impacto regional e a necessidade de planejamento local

As regiões do Nordeste e do Meio-Oeste dos EUA provavelmente verão o maior número de cidades se despovoando. Estados como Texas e Utah, embora atualmente em crescimento, também enfrentarão uma parcela justa de perda populacional até 2100. No entanto, as estimativas de tendências populacionais décadas no futuro são inerentemente incertas, e a análise não explora fatores econômicos ou sociais que impulsionam as tendências projetadas. Além disso, não inclui migração dentro dos EUA, um fator já influenciado pelas mudanças climáticas que forçam as populações a se moverem.

Apesar dessas complexidades, os pesquisadores concluem que:

“É certo que uma importante mudança cultural no planejamento e nas comunidades de engenharia é necessária, afastando-se do planejamento convencional baseado no crescimento, para acomodar uma dramática mudança demográfica”.

A pesquisa sugere que globalmente, octogenários podem superar em número crianças menores de cinco anos, mergulhando em retrocesso populacional. No entanto, cada cidade estará em sua própria trajetória, enfrentando suas próprias mudanças climáticas e populacionais, portanto, o planejamento local é necessário.

Desafios futuros das cidades fantasmas

À medida que avançamos para o futuro, as cidades dos EUA e de todo o mundo devem se preparar para uma série de desafios decorrentes de mudanças demográficas e climáticas. O estudo destaca a importância de um planejamento urbano adaptativo e proativo, que possa não apenas prever, mas também moldar o futuro das comunidades urbanas. A capacidade de adaptar-se a essas mudanças será crucial para manter a qualidade de vida nas cidades e garantir que as necessidades básicas dos residentes sejam atendidas.

Além disso, é essencial que as cidades desenvolvam estratégias para se tornarem mais resilientes e sustentáveis. Isso inclui investir em energia renovável, melhorar a eficiência energética dos edifícios, promover o transporte público e outras formas de mobilidade sustentável, e proteger e restaurar espaços verdes urbanos. A adoção de tecnologias inteligentes e soluções baseadas na natureza também pode desempenhar um papel vital na criação de cidades mais adaptáveis e resistentes às mudanças climáticas. Sendo assim, é possível combater a criação de cidades fantasmas.

O estudo lança uma luz sobre a necessidade urgente de repensar e remodelar nossas cidades em resposta às forças naturais impulsionadas pelas mudanças climáticas. À medida que nos aproximamos de 2100, a colaboração entre planejadores urbanos, governos locais e comunidades será fundamental para enfrentar os desafios que se avizinham e garantir que nossas cidades permaneçam lugares habitáveis e prósperos para as gerações futuras.

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