Tag: Coronavírus

  • Medir a temperatura no pulso pode aumentar a transmissão da covid-19

    Medir a temperatura no pulso pode aumentar a transmissão da covid-19

    Atualmente é norma de segurança que a temperatura corporal seja aferida, ou seja, medida, antes das pessoas entrarem em ambientes fechados como shoppings, mercados e escolas. Mas qual o local correto na hora de aferir a temperatura? Testa ou punho? Você também está em dúvida e não sabe mais no que acreditar? Então descubra conosco as respostas certas e se surpreenda com a verdade.

    Covid-19 X segurança

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    Com toda a certeza ninguém estava preparado para encarar uma pandemia mundial, nem mesmo os especialistas sabiam exatamente qual a melhor forma de proteger a população contra o coronavírus.

    Então começaram as primeiras notícias e logo apareceram as “fake News” sabotando toda e qualquer chance das pessoas, leigas da área médica e cientifica, de se sentirem seguras a respeito das informações e orientações transmitidas.

    Inegavelmente as “fake News” foram e são um desserviço para a população que andam as cegas em meio a pandemia, na tentativa se manterem a salvo da covid-19.

    Entretanto logo se tornou claro que o uso das máscaras e a higienização frequente das mãos são essenciais para evitar a contaminação por coronavírus e manter a covid-19 afastada.

    Contudo outras medidas de segurança e prevenção começaram a ser executadas, entre elas a medição da temperatura corporal de todos que necessitassem entrar em locais fechados como mercados, farmácias e escolas.

    Porém instantaneamente as famosas e implacáveis fake News voltaram a bombardear as pessoas, gerando dúvidas e inseguranças, até sobre qual a melhor forma de usar o mais simples dos instrumentos: termômetros digitais! E afinal é na testa ou no punho? O termômetro digital infravermelho é mesmo seguro? Vamos às respostas.

     É na testa ou no punho?

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    Antes de mais nada vamos com calma pois todas estas perguntas serão respondidas facilmente. De acordo com o manual do fabricante do termômetro corporal digital infravermelho mais usado nos estabelecimentos comerciais, a temperatura deve-se ser aferida, ou seja, medida na TESTA ou no ouvido. Mas por que não no punho?

    Simplesmente porque medir a temperatura em outras partes do corpo não fornece o valor preciso, pois as extremidades, no caso os punhos, são mais frias do que a região da cabeça.

    Assim a probabilidade de alguém com febre entrar no mercado ou no shoppingo onde você e sua familia estão, é grande, devido ao falso negativo dado pelo termômetro por ter sido utilizado de forma incorreta.

    Contudo é importante lembrar que se todos estiverem respeitando o uso das máscaras, higienizando bem as mãos e respeitando o distanciamento, dificilmente haverá a transmissão do vírus.

    Afinal é sabido que apenas medir a temperatura na entrada dos estabelecimentos não evita que pessoas assintomáticas, ou seja, que não apresentam sintomas como febre e tosse, entrem nestes locais.

    Por isso é fundamental fazer uso correto de todas as medidas de segurança divulgadas nos sites oficiais para evitar que novos focos da doença apareçam.

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    O termômetro digital infravermelho é mesmo seguro?

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    Pois é, esta dúvida, nada razoável, apareceu devido a uma fake News muito bem elaborada onde se dizia que o infravermelho presente no termômetro digital causava danos a glândula pineal localizada no interior do cérebro ao medir a temperatura na testa.

    Bem, esta notícia é uma grande MENTIRA, pois o infravermelho usado nos termômetros não penetra nas camadas profundas da pele e muito menos afeta o cérebro ou suas estruturas.

    Para explicar melhor, o infravermelho é apenas um feixe de luz focada, refletida pela pele, da mesma maneira que a luz artificial do celular ou do abajur ao lado da cama.

    Entretanto por causa desta fake News a população perdeu um forte aliado na luta contra a covid-19, pois de nada serve usar a tecnologia feita para salvar vidas, da forma errada.

    Aliás vale lembrar que estas mesmas notícias falsas alarmaram a população afirmando que usar máscaras causaria intoxicação por gás carbônico e que o álcool gel em excesso deixaria o coronavírus mais resistente.

    Inegavelmente o termômetro digital corporal infravermelho é totalmente seguro e um grande aliado na luta contra a transmissão da doença, mas deve ser usado corretamente.

    O que se deve fazer então?

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    Acima de tudo é fundamental não dar ouvidos a tudo o que se recebe nas mídias sociais a respeito da covid-19, pois a maioria é fake News e só irá gerar mais confusão.

    Então a primeira coisa a fazer é procurar informação de fontes confiáveis como no site do ministério da saúde ou, faça uma visita ao posto de saúde próximo de onde mora, os médicos e enfermeiros estão aptos a esclarecer estas dúvidas.

    Embora os danos causados pelas fake News sejam enormes para a saúde da população, ainda dá tempo de evitar que a covid-19 cause mais perdas.

    Contudo, se mesmo assim ainda restarem dúvidas, principalmente sobre o uso correto do termômetro com infravermelho, disponibilizamos aqui o manual de um dos modelos mais usados para que não reste mais nenhuma dúvida quanto ao que deve ser feito: Ao chegar em qualquer estabelecimento, para a sua segurança e de sua familia, peça que façam a medição da temperatura na TESTA.

    Créditosde imagem: Pixabay

    Capa: https://www.vix.com/pt/saude/593656/medir-a-temperatura-no-pulso-nao-adianta-diz-especialista-que-explica-o-porque

  • A máscara e um homem contra uma epidemia: A história do Dr Wu Lieh-teh

    A máscara e um homem contra uma epidemia: A história do Dr Wu Lieh-teh

    No dia 10 de março a exatos 142 anos nascia o Dr Wu Lieh-teh o médico malaio que criou a primeira versão da máscara N95. Inegavelmente a máscara precursora da N95 salvou muitas vidas em 1910 quando foi criada e ainda salva.

    Porém poderia salvar muito mais se não houvesse tanta falta de conscientização e até respeito por parte da população quanto ao seu uso. Em plena pandemia de Sars-CoV-2 as máscaras muitas vezes são a única coisa existente entre as pessoas e a doença. Saiba quem foi o Dr Wu Lieh-teh.

    Uma doença desconhecida

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    Em 1910 uma doença ainda desconhecida pelos médicos matava rapidamente 99,9% das vítimas infectadas.

    Então o governo Chinês resolveu enviar um jovem e promissor médico malaio para descobrir a solução e salvar milhões de vidas.

    Assim o Dr Wu Lieh-teh viajou até o foco da doença a cidade de Harbin onde recebeu a autorização para realizar a primeira autópsia permitida da China em uma mulher recém morta pela nova praga.

    A doença estava ainda do início do que se tornaria uma epidemia que iria assolar toda a região da Manchúria e da Mongólia, causando cerca de 63 mil vítimas.

    Entretanto ao fazer a autópsia o Dr Wu Lieh-teh descobriu que a doença era transmitida pelo ar e se tratava da Peste Pneumônica causada pela bactéria Yersinia pestis a mesma causadora da Peste Bubônica.

    A máscara e um homem contra uma epidemia: A história do Dr Wu Lieh-teh

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    Assim o Dr Wu Lieh-teh precisou agir o quanto antes para salvar tanto os pacientes quanto os médicos, que estavam se arriscando na linha de frente no tratamento aos infectados.

    Então o médio malaio se lembrou das máscaras cirúrgicas usadas por seus colegas enquanto esteve estudando medicina na Universidade de Cambrige, na Inglaterra.

    E resolveu introduzir o uso delas entre os médicos durante os atendimentos aos doentes, porém com alguns ajustes necessários.

    Por exemplo o aumento do número de camadas do tecido com a adição de gaze, algodão e mais tecido para tornar a filtragem contra o agente patogênico mais eficaz.

    Desta forma nasceu a primeira versão da máscara N95 no mundo e o Dr Wu passou a supervisionar a confecção das novas máscaras pessoalmente a fim de que saíssem como ele desejava.

    Inegavelmente a ideia foi um sucesso tendo mais de 60 mil máscaras produzidas e distribuídas nas zonas de quarentena. Além disso a imprensa da época não parava de falar da fantástica máscara e na sua eficiência contra a peste.

    Entretanto ainda haviam alguns descrentes quanto ao uso da máscara, entre eles um importante médico francês o Dr Gérald Mesny.

    Infelizmente ao chegar na região afetada para ajudar com os doentes, o Dr Mesny se recusou a usar a nova máscara criada pelo Dr Wu e em poucos dias contraiu a peste morrendo em seguida.

    Desta forma a imprensa tinha tudo o que precisava para repercutir o sucesso da máscara e o epidemiologista tomou frente no combate a peste.

    Com efeito o Dr Wu além de criar zonas de quarentena também orientou a cremar os corpos infectados.

    Além disso estabeleceu medidas de higiene, restrições quanto a viagens e exigiu o uso da máscara criada por ele a todos que estivessem na área de risco.

    Então em abril de 1911, após 4 meses de luta e dedicação a peste não só foi controlada, mas erradicada das zonas afetadas na Manchúria e na Mongólia.

    Por consequência dos seus inúmeros feitos na área da saúde, atuando na contenção e erradicação de graves doenças, o Dr Wu foi o primeiro médio malaio nomeado para o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina em 1935.

    Além disso o Dr Wu depois de criar a primeira versão da máscara N95, que atualmente está sendo usada na linha de frente contra a Covid-19, atuou como sanitarista combatendo o surto de outras doenças até sua morte aos 80 anos de idade em 1960.

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    Vale Lembrar: o uso correto da máscara N95 cirúrgica e a PFF2

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    • A máscara é individual e não pode ser compartilhada por ninguém.
    • Antes de colocar a máscara, tem que se higienizar as mãos com água e sabão ou álcool gel.
    • A máscara tem que cobrir a boca e o nariz, não pode haver espaços entre o rosto e o equipamento de proteção e,
    • Não pode tocar a máscara enquanto a usa. Se precisa fazer isso, lave as mãos com água e sabão ou utilize álcool em gel antes e depois.
    • Quando a máscara estiver úmida, troque-a.
    • Nunca reutilize a máscara se for o modelo descartável e se for a semi descartável certifique-se que saberá como proceder para reutilizá-la.
    • A máscara tem que ser retirada por trás, segurando nos elásticos, sem tocar na parte da frente contaminada.
    • Descarte a máscara em um recipiente fechado e após a retirada, lavar as mãos com água e sabão ou higienizar com álcool gel.

    Créditos de imagem: (penangmonthly.com) e Pixabay

  • Cuidado: os rins também são vítimas graves da Covid-19

    Cuidado: os rins também são vítimas graves da Covid-19

    Os rins são os órgãos pertencentes ao sistema urinário que possuem um papel fundamental para o bom funcionamento do organismo. Entretanto quando não funciona corretamente pode levar a morte rapidamente. Assim uma das coisas que vem chamando a atenção dos especialistas é o número de pacientes que ao pegarem Covid-19 apresentarem problemas renais graves. Entenda o motivo e previna-se.

    Rins: para que servem

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    Os rins são os órgãos pertencentes ao sistema urinário que possuem formato similar a um grão de feijão.

    Porém são muito maiores do que o grão, tendo um tamanho variável entre 10 e 13cm de comprimento e pesando aproximadamente 120 a 180g.

    Contudo a maior contribuição dos rins está no trabalho de filtragem das toxinas do sangue que em alta quantidade causariam o envenenamento do organismo.

    Ou seja, sem este órgão todo o material excretado pelas células, todos os sais minerais ingeridos e metabolizados, toda a água e demais líquidos que estivessem em excesso não seriam eliminados.

    Então é graças aos rins que a urina se forma composta por água juntamente com outras substâncias que ao serem excretadas realizam a osmorregulação de tecidos e células, mantendo o corpo em equilíbrio.

    Rins X Covid-19

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    Entretanto quando o assunto é a covid-19, ela evoluiu de doença respiratória para um mal capaz de afetar significativamente outros órgãos vitais.

    Por exemplo o coração, cérebro, sistema digestivo e, agora, passou a deixar seu rastro de destruição nos rins.

    E os rins quando afetados pela covid-19 ficam enfraquecidos sendo levados à falência.

    Desta forma causando a presença de sangue ou de uma alta concentração de proteínas na urina, pois os órgãos se tornam incapazes de efetuar uma filtragem adequada.

    Tanto que quando um paciente procura atendimento hospitalar devido a Covid-19 tendo como sintomas a falha dos rins ou lesão renal aguda, as chances desses efeitos causarem a morte é muito maior do que em outros casos.

    Lesão Renal Aguda (LRA)

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    Quando um paciente apresenta este tipo de lesão por causa da covid-19 significa que os rins estão perdendo a capacidade de executar o trabalho de filtragem sanguínea.

    O que gera em 20% destes pacientes a necessidade de ficarem em uma UTI para receberem o tratamento de diálise.

    Além disso as chances de sobrevivência caem, principalmente, porque outra das consequências da falência renal por coronavírus é o desregule do sistema imune.

    Ou seja, as células de defesa se voltam contra o próprio organismo, atacando as estruturas internas dos rins chamadas de néfrons, responsáveis pelo trabalho de filtragem, mas que estão com suas células tomadas pelo vírus Sars-CoV-2.

    Isto acaba ocasionando uma inflamação nas estruturas internas do órgão levando a uma nefrite autoimune.

    Infelizmente quando isto ocorre, as chances de o doente entrar em choque e ir a óbito são muito altas.

    De acordo com o Dr. Oscar Pavão nefrologista do hospital Albert Einstein em São Paulo

     “Aí a pressão sanguínea cai de um instante para o outro e os rins são particularmente sensíveis a isso. Eles não suportam muito bem a diminuição brusca do fluxo sanguíneo”.

    Além disso, ainda segundo o médico especialista “Os remédios usados, por exemplo, para manter sedado o paciente entubado podem se tornar tóxicos para os rins com o tempo.

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    Grupos de risco

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    Embora a covid-19 esteja cada vez mais mostrando que não poupa ninguém, sejam jovens de 20 anos ou idosos com mais de 80, neste caso ainda há um grupo de risco definido.

    Tanto que os problemas por complicações renais surgiram na maioria das vezes em pacientes com idade de 69 anos em diante e sendo portador de alguma comorbidade como por exemplo diabetes, hipertensão ou doenças cardíacas e vasculares.

    Então se você apresenta problemas como pedras nos rins com certa frequência ou tem alguma outra característica do grupo de risco citado, deve redobrar os cuidados na prevenção a covid -19, ingerir bastante água e evitar ao máximo se expor a doença.

    Afinal o coronavírus, que já matou mais de 2,5 milhões de pessoas, está deixando naqueles que sobrevivem sequelas que variam de moderada a grave.

    Fonte: UOL – Viva bem

    Créditos de imagem: Pixabay

  • 3 vacinas diferentes contra covid-19: saiba quais suas diferenças

    3 vacinas diferentes contra covid-19: saiba quais suas diferenças

    O Vírus causador da covid-19 o Sars-CoV-2 é composto por inúmeras proteínas em sua superfície chamadas Spike, elas se aderem as células saudáveis do corpo humano e as utilizam para entrar e se proliferar.

    Mas a ciência já identificou este processo assim como reconheceu a importância destas proteínas para a confecção de vacinas contra a Covid-19. Conheça três vacinas diferentes contra a covid-19 e saiba quais suas diferenças.

    Coronavac

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    A Coronavac é a vacina desenvolvida na China pela biofarmacêutica Sinovac Biotech para ser produzida e distribuída no Brasil fez parceria com o Instituto Butantã.

    Entretanto a Coronavac possui uma eficácia de 50%, ficando no limite minimo instituído pela OMS – Organização Mundial de Saúde, para que possa ser utilizada pela população.

    Tanto que seu uso foi liberado em carater emergencial pelas agências reguladoras no Brasil e, também na Turquia, Bolívia e Indonésia.

    Como funciona a Coronavac

    De acordo com as pesquisas divulgadas a Coronavac utiliza o vírus Sars-CoV-2 inteiro na sua composição, apenas quimicamente inativado, sendo incapaz de causar a covid-19 no corpo humano.

    Entretanto as outras vacinas como a AstraZeneca e a Pfizer utilizam apenas uma parte do vírus, chamada de Spike, uma proteína que atua na conexão do vírus com as células humanas saldáveis causando a covid-19.

    Assim as nossas células de defesa se ajustariam para reconhecer e se aderir a esta proteina presente no vírus Sars-CoV-2, impedindo que ele se conecte as células humanas para se reproduzir.

    Porém a Coronavac por não atuar da mesma forma, pois utiliza o vírus inteiro, passou uma certa insegurança entre os especialistas.

    Mas novas notícias parecem trazer vantagens para a Coronavac na luta contra o Sars-CoV-2, pois a nova variante descoberta em Manaus, mais nociva do que a primeira, parece perder a luta contra a vacina produzida no Butantan.

    Isto porque normalmente o vírus original ataca o ponto de ligação entre as celulas de defeza e o vírus enquanto a nova cepa viral de Manaus consegue driblar este problema e contornar a ação dos anticorpos.

    Desta forma ter o vírus inteiro injetado no organismo é uma vantagem pois todos os tipos de   células defesa passam a atuar contra o agente patogênico e não apenas um certo tipo.

    Tanto que de acordo com o virologista Julian Tang professor da Universidade de Leicester na Inglaterra

    Ao injetar o vírus inteiro inativado, a Coronavac induz anticorpos que interagem com todas as outras 20 ou 30 proteínas do vírus. Embora estes anticorpos não neutralizem o vírus, reduzem o grau de infecção e a transmissão”

    Isto a torna mais eficaz contra a nova cepa descoberta em Manaus.

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    Johnson&Johnson

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    A empresa atuante na área farmacêutica a muito tempo e bastante popular inclusive no Brasil, conseguiu criar uma vacina contra o Sars-CoV-2 com eficácia de mais de 50% comprovada por inúmeros testes.

    De acordo com os resultados divulgados ainda em fevereiro, a vacina possui 66% de eficácia na América Latina, isto significa que o produto atende as exigências estabelecidas pela OMS – Organização Mundial da Saúde que especifica um mínimo superior a 50% de eficácia.

    Mas a maior vantagem desta nova vacina é o fato de necessitar de apenas uma dose para atingir seu objetivo, ao contrário das demais que demandam duas doses para se conseguir a porcentagem de imunização necessários.

    Como funciona a Vacina da Johnson&Johnson

    A maioria dos laboratórios farmacêuticos utilizam um adenovírus, ou seja, um tipo de vírus que pode afetar várias partes do corpo como pulmões, olhos e sistema gástrico, porém inativo quimicamente ou incapaz de se multiplicar no organismo, mas útil para produzir a vacina.

    Geralmente o adenovírus usado é de chimpanzé, mas a Johnson&Johnson utilizou um adenovírus humano do mesmo tipo que causa os resfriados comuns. Esta escolha é bastante diferenciada e incomum.

    Porém o agente patogênico foi alterado pelos cientistas para perder sua capacidade de reprodução e foi inserido em seu interior material genético do Sars-CoV-2.

    Ou mais precisamente as proteínas chamadas de Spikes que atuam na conexão do vírus Sars com as células humanas saldáveis causando a covid-19 nos casos dos patógenos ativos.

    Assim as nossas células de defesa se ajustariam para reconhecer e se aderir a estas proteínas de ligação especificas presentes no vírus Sars-CoV-2, impedindo que ele se conecte as células humanas para se reproduzir.

    Desta forma o organismo humano é induzido a produzir anticorpos especializados contra este agente, o tornado imune com uma única dose.

    Além disso é possível armazenar as doses por até três meses em geladeira comum onde a temperatura alcança entre 2 a 8 graus Celsius, o que seria perfeito para países com clima muito quente como o Brasil e com uma estrutura de armazenamento mais simples.

    Astrazenica

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    Esta vacina surgiu da colaboração e parceria entre a Universidade de Oxford e a empresa sueco-britânica AstraZeneca.

    Embora a vacina tenha apresentado nos testes resultados com uma variação significativa de 62 a 90% de eficácia dependendo da dosagem, ela foi liberada por atender os requisitos da OMS, estando acima dos 50% obrigatórios.

    Assim o Reino Unido começou o processo para uso emergencial da vacina ainda em Janeiro, apesar de algumas incertezas.

    Como funciona a AstraZeneca

    A vacina produzida pela Oxford fez uso de um adenovírus de origem animal, o Chimpanzé.

    Da mesma forma que a vacina da Johnson, este adenovírus também consegue penetrar nas células mas não consegue se multiplicar dentro dela.

    Portanto é incapaz de causar doenças, mas tem em seu interior material genético do Sars-CoV-2 para produzir as proteínas spike e induzir o organismo a criar células de defesa especificas.

    Então depois que a vacina penetra no músculo do braço os adenovírus alterados penetram na célula humana onde ele não se reproduz, mas as células do corpo conseguem decifrar o código genético das proteínas spike do Sars.

    Por ser um material estranho começam a enviar essas informações para o organismo como um alarme, ativando as células de defesa do corpo.

    Assim o sistema imunológico passa a reconhecer essas proteínas spike especificas como um agente patogênico e começam a reagir a toda célula que apresentar estas proteínas com DNA do Sars-CoV-2, dando início ao processo de imunização.

    Todos podem tomar as vacinas?

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    De acordo com a bula das vacinas todas as pessoas podem tomar a vacina, mesmo aquelas que possuem asma ou algum tipo de comorbidade como imunodeficiencia, cardiopatias, rinites e até cancêr.

    Entretanto como todo medicamento é necessário observar que existem indivíduos com reações alérgicas graves e especificas a certos remédios.

    Portanto estes devem primeiro ler a bula das vacinas ou se informar com seu médico de confiança para ter certeza que não apresentam sensibilidade aos componentes usados na fabricação das vacinas.

    Créditos de imagem: Pixabay

  • Vinho: será o “santo remédio” contra a covid-19?

    Vinho: será o “santo remédio” contra a covid-19?

    Que beber uma taça de vinho moderadamente durante um jantar ou para relaxar depois de um dia corrido cai bem, todos sabemos. Mas e se um bom vinho também servir para acabar com o coronavírus? Pois é, novas pesquisas sugerem que o vinho poderia ser o “santo remédio” contra a covid-19.

    Pesquisa Inovadora

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    De acordo com o novo estudo publicado no mês de dezembro de 2020 pela American Journal of Cancer Research e desenvolvido por pesquisadores da China Medical University de Taiwan:

    “….ensaios funcionais usando as partículas do vírus pseudotipadas (Vpp) de SARS-CoV2-S demonstraram que o ácido tânico suprimiu a entrada viral nas células. Assim, nossos resultados demonstram que o ácido tânico tem alto potencial para desenvolver uma terapia anti-COVID-19 como um potente inibidor duplo de duas enzimas independentes essenciais para a infecção pelo SARS-CoV-2…”

    O seja o estudo sugere que aparentemente o ácido tânico presente no vinho, pode ser mais uma arma contra a covid-19.

    Entretanto de acordo com a pesquisa foram 6 substâncias estudadas, todas oriundas de alimentos fáceis de encontrar e, todas apresentaram potencial contra cepas variadas de coronavírus.

    Porém o ácido tânico ou tanino é o único que conseguiu inibir até 90% da atividade enzimática do Sars-CoV-2.

    Principalmente as serinas proteases, substancias fundamentais para que as infecções ocorram.  

    Os demais 5 compostos naturais de origem alimentícia estudados são: a catequina ,também presente no vinho tinto, o resveratrol, a quercetina, o kaempferol e a proantocianidina.

    Todas estas substâncias se mostraram ativas na supressão de infecções virais.

    Porém de outros tipos de coronavírus, diferentes da cepa causadora da covid-19. Então qual o papel do vinho como um “santo remédio”?

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    Vinho: o “santo remédio”

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    Inegavelmente existem alimentos que naturalmente contém substancias que atuam como medicamento no organismo e melhoram a nossa saúde.

    Os taninos ou ácido tânico é um exemplo e, estão presentes em algumas hortaliças e frutas.

    Assim como em certas cascas, raízes e folhas de árvores como a acácia negra, o carvalho e a castanheira com a castanha.

    Mas para os apaixonados por um bom vinho saber que a bebida também contém a substância, que parece combater a infecção por covid-19, é uma boa surpresa.

    Aliás o vinho é favorecido duplamente pois adquire o tanino de muitas formas.

    Quando o vinho é armazenado em barris feitos de carvalho, madeira rica em ácido tânico, com o tempo a substância é absorvida pela bebida.

    Além disso durante o processo de fermentação, cerca de 50% da coloração do vinho tinto e de sua textura se deve a presença dos taninos, que em contato com o ar podem oxidar deixando o vinho turvo.

    Tanto que alguns passam por um processo de clareamento que curiosamente, também envolve o ácido tânico.

    O processo deixa o vinho translucido e com uma bela aparência, além de conservar a bebida por mais tempo.

    Entretanto, a melhor notícia é a possibilidade que o tanino tem, segundo as novas pesquisas, de conter a infecção viral do Sars-CoV-2 em uma porcentagem tão alta, tornando o vinho mais um aliado na luta contra este inimigo invisível.

    Tanino para os abstêmios

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    Embora o mundo esteja cheio de amantes de um bom vinho, para aqueles que não bebem também existem opções.

    O ácido tânico, assim como as outras 5 substancias estudadas na pesquisa, também podem ser ingeridos naturalmente em alimentos fáceis de encontrar.

    Por exemplo na castanha, na romã, no abacaxi, na cereja, no chocolate, no chá verde, na maçã entre outros.

    Além disso em hortaliças como nas folhas da couve-flor e do brócolis, na mandioca, taioba, na casca do café, na couve e no caju.

    Embora as pesquisas ainda estejam acontecendo e muitas novidades possam a surgir ao longo dos próximos meses, não custa nada ingerir alguns destes alimentos com regularidade.

    Pode ser que não seja a cura, mas se alimentar de forma saudável é importante, com ou sem pandemia.

    Contudo para os fãs de um bom vinho por que não beber apenas uma taça petiscando algumas castanhas?

    Mas sem esquecer da recomendação dos especialistas como o presidente da Associação Brasileira de Enologia que explica “como qualquer bebida alcóolica, o vinho deve ser ingerido com moderação, apenas uma taça por dia”.

    Aparentemente nossos avós tinham razão, não é a toa que sobreviveram a outras pandemias como a gripe espanhola, tão graves quanto a causada pela covid-19.

    Créditos de imagem: Pixabay