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O tempo de vida do coronavírus em materiais de uso diário

Conheça o tempo de vida do coronavírus em diferentes materiais e superfícies  de uso diário, pois isto pode ajudar a entender melhor sua capacidade de propagação e o risco que a população corre de se infectar sem imaginar.

Basta dar uma olhada em torno pra notar que estamos cercados por plástico na colherinha do sorvete, em brinquedos e em  itens dentro do carro; por metais como alumínio e aço nos corrimãos das escadas, nos ônibus, nos botões dos elevadores, entre tantos outros exemplos, e por papelão das embalagens das caixas de leite e daquela pizza deliciosa do final de semana.

Devido a isso, a Universidade de Princeton realizou uma pesquisa juntamente com o Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas e analisou a durabilidade do coronavírus presente nestes materiais que nos cercam diariamente. Segundo o resultado dos estudos os objetos infectados e o ar podem ser vetores de contaminação para as pessoas, caso o vírus ainda esteja vivo em ambos, além disso, os especialistas analisaram vinte e dois estudos sobre essas doenças e concluíram que, em média, o coronavírus consegue sobreviver de 4 a 5 dias fora do corpo humano, em materiais de uso diário.

De acordo com os pesquisadores Neeltje van Doremalen, virologista do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos e seus colegas do Rocky Mountain Laboratories em Hamilton, no Estado de Montana, o Sars-Cov2 pode sobreviver em diferentes superfícies. Conforme o  estudo norte americano, o vírus SARS-Cov2 é capaz de sobreviver por até 72 horas em materiais de uso diário como plástico e metal inoxidável.

Todavia os outros coronavírus como o MERS-Cov e o SARS-Cov  podem sobreviver em superfícies de metal, vidro e plástico por até nove dias, a menos que elas sejam desinfetadas adequadamente. Esse período pode se estender a até 28 dias em baixas temperaturas, segundo estudo norte americano.

Porém, ambos os estudos são unanimes ao dizer que em papelão ele pode durar até 24 horas, então na hora de comprar algum alimento que venha neste tipo de embalagem, passe álcool 70% em sua superfície se for armazenar, mas caso seja a caixa da sua pizza favorita, retire o alimento da embalagem , descarte-a e lave muito bem as mãos.
Mas em outros materiais como no cobre o vírus sobrevive por 4 horas e, no ar, apenas 3 horas,  ou seja, gotas finas entre 1 e 5 micrômetros de tamanho, muito menores do que um fio de cabelo, podem permanecer no ar por várias horas.

Devido a isso foi que os pesquisadores decidiram fazer este tipo de estudo, pois acreditam que os dados coletados podem ajudar a descobrir como esse vírus é transmitido tão rapidamente e se existe alguma forma mais eficiente de contê-lo.

Além disso, a pesquisa norte americana também mostrou que os coronavírus podem ser neutralizados em um minuto ao se desinfectar superfícies com álcool 62-71%, água oxigenada 0,5% ou água sanitária contendo 0,1% de hipoclorito de sódio.

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Contudo,vale ressaltar que os limites calculados pelas equipes para estas superfícies  específicas levam em conta, além do tempo de vida do vírus, sua capacidade de contaminação.
Assim sendo, os pesquisadores selecionaram os materiais para a análise considerando sua relevância na transmissão, ou seja, o plástico e o metal, por exemplo, estão muito presentes no cotidiano e em ambientes hospitalares, nas cadeiras de espera e nos materiais como os instrumentos cirúrgicos tipo bisturis, pinças, tesouras entre outros.

Primordialmente, a análise indicou que o vírus pode sobreviver em superfícies comuns ao nosso uso  diário como maçanetas, moedas, notas de  dinheiro e caixas de pizza; contudo, são necessárias outras análises para atestar com 100% de certeza essas hipóteses de durabilidade viral.

Enfim, tudo isso apenas prova que a melhor arma contra o covid-19 seja a higiene dos ambientes e cuidado pessoal com a lavagem das mãos, além da presença do álcool gel ou dos antissépticos em spray ou lenço umedecido antisséptico, ambos com gluconato de clorexidina.

 

Crédito de imagem: Pxhere

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