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A imunidade proporcionada pela vacina do coronavírus pode não ser suficiente para conter o surto

Para que consigamos alcançar a imunidade de rebanho, talvez seja necessário mais do que uma vacina. Enquanto cresce o número de casos de infectados pelo vírus do novo coronavírus no Brasil, aguardamos ansiosos por um medicamento ou uma vacina que seja eficaz no tratamento ou término da pandemia.

Diversos laboratórios ao redor do mundo estão em uma corrida constante para que uma vacina seja disponibilizada o mais rápido possível para a população mundial, interrompendo o surto do coronavírus. No entanto, em uma entrevista à CNN, o diretor do NAIAID – Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos, Anthony Fauci, disse que é bastante improvável que apenas a vacina do coronavírus, seja capaz de proporcionar a imunidade de rebanho, necessário para por fim a pandemia.

 

Os problemas

A eficácia da vacina poderia ser o primeiro problema a dificultar na interrupção da pandemia. A vacina contra o sarampo é a vacina existente com melhor eficácia já produzida, sendo capaz de combater o vírus do sarampo em 97, 98% das pessoas vacinadas. Anthony Fauci acredita que inicialmente a vacina contra o coronavírus, tenha uma eficácia de apenas 70 a 75%, deixando um alto percentual para que mesmo vacinadas, algumas pessoas ainda transmitam o vírus e precisem de ajuda médica.

Outro problema é que parte da população não está disposta a se vacinar. Em uma pesquisa realizada nos Estados Unidos pelo Centro de Pesquisa de Assuntos Públicos da Associated Press (NORC), 49% dos entrevistados planejam ser vacinados assim que a vacina contra o coronavírus estiver disponível, porém, 20% responderam que não, sendo que os outros 31% ainda não tinham certeza se tomariam a vacina.

 

A imunidade de rebanho

A imunidade de rebanho, acontece quando uma quantidade expressiva da população fica imune ao vírus, impedindo que ele se propague ainda mais. A imunidade pode ocorrer de duas formas: a primeira é se infectando com o vírus; a segunda é através de uma vacina. Em ambas, o corpo acaba gerando anticorpos capazes de combater o vírus.

Anthony Faucy deixa claro em sua entrevista à CNN que os problemas juntos, não serão o bastante para que os Estados Unidos, e outros países, consigam gerar uma imunidade de rebanho. Uma vacina que pode vir a ter sua eficácia em 70-75%, junto a uma quantidade substancial da população que se nega a ser vacinada, dá espaço a possibilidade de somente a vacina, não ser o suficiente para conter o surto desta doença.

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Muitas dúvidas ainda estão sem respostas quando se trata de uma vacina conta o coronavírus. Ninguém sabe ao certo, por quanto tempo uma pessoa, após ficar imune, permanecerá com os anticorpos, podendo ser necessário não apenas uma única dose. Acarretando na necessidade de uma cadeia de produção de vacinas ainda maior para suprir com toda a demanda.

Anthony Fauci ainda comenta à CNN que alguns protocolos usados para ganhar tempo até o desenvolvimento de uma vacina, não trouxeram o resultado esperado para diminuir a curva de contágio. Mesmo assim, apesar dos esforços do poder público, o melhor a se fazer para diminuir a disseminação do vírus, é manter o distanciamento social, utilizando máscaras e higienizando as mãos constantemente, diminuindo ao máximo o pico de contágio até que uma vacina esteja pronta para a população.

Acredita-se que para dezembro, já tenhamos uma vacina disponível no Brasil. Em parceria com a Oxford, a Fiocruz irá produzir em torno de 30 milhões de doses, caso a eficácia da imunização se comprove.

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Crédito imagem: pixabay

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