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América quer dois telescópios gigantes: mas só tem dinheiro para terminar um

Imagem: Pexels/ Pixabay

A astronomia americana está em um momento crucial. Dois projetos ambiciosos de telescópios gigantes, o TMT (Thirty Meter Telescope) e o GMT (Giant Magellan Telescope), estão em andamento, mas o National Science Foundation (NSF) dos EUA, principal financiador, só tem recursos para finalizar um. A decisão final, a ser tomada em maio de 2024, terá um impacto significativo no futuro da pesquisa espacial do país.

O que é telescópios: TMT e GMT?

TMT e GMT são siglas que se referem a dois projetos de telescópios extremamente grandes e avançados:

  • TMT (Thirty Meter Telescope): Trata-se de um projeto internacional liderado pelos Estados Unidos, com participação do Canadá, China, Índia e Japão. Ele terá um espelho primário com 30 metros de diâmetro, composto por segmentos, oferecendo uma capacidade de captação de luz e resolução de imagens sem precedentes. Atualmente, enfrenta desafios relacionados ao seu local de construção planejado no Havaí.
  • GMT (Giant Magellan Telescope): É um projeto majoritariamente americano, que também inclui a participação de países como Austrália, Brasil, e Coreia do Sul. O telescópio terá um espelho primário de 24,5 metros, também extremamente poderoso para fazer observações do universo. Seu local de construção é no Chile.

O potencial dos telescópios gigantes

Tanto o TMT quanto o GMT representam um salto significativo na tecnologia de telescópios. Com espelhos primários de 30 metros e 24,5 metros, respectivamente, eles serão capazes de observar objetos celestes com detalhes sem precedentes, abrindo caminho para descobertas em áreas como a formação de estrelas e galáxias, a natureza da matéria escura e energia escura, e a busca por vida em outros planetas.

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O TMT, liderado pelos EUA com a participação da Índia, Japão e Canadá, está previsto para ser concluído em 2027 e tem um custo total estimado em US$ 2,4 bilhões. Já o GMT, um projeto ainda mais americano, com a participação minoritária dos mesmos países do TMT, está previsto para 2030 com um custo total de US$ 1,9 bilhão.

O dilema da Fundação Nacional de Ciências

A NSF (National Science Foundation já comprometeu US$ 1,2 bilhão para o TMT e US$ 500 milhões para o GMT, mas precisa decidir qual projeto receberá os recursos restantes para sua finalização. O Conselho Nacional de Ciência dos EUA recomendou que a escolha seja baseada em critérios como custo, cronograma e impacto científico.

Custos: O GMT é um projeto mais barato, mas o TMT está em um estágio mais avançado de construção, o que pode reduzir seus custos a longo prazo.

Cronograma: O TMT pode ser finalizado três anos antes do GMT, o que significa que os cientistas teriam acesso a suas capacidades mais cedo.

Impacto científico: Ambos os telescópios têm o potencial de revolucionar a astronomia, mas o TMT, com seu espelho maior, pode ter uma vantagem em termos de sensibilidade e resolução.

A decisão e seus impactos

A decisão da NSF terá um impacto significativo na comunidade astronômica americana e internacional. O TMT e o GMT representam diferentes visões para o futuro da pesquisa espacial, e a escolha de um dos projetos pode significar a perda de oportunidades científicas valiosas no outro.

Para a comunidade científica:

  • A escolha do TMT significaria um acesso mais rápido a um telescópio com maior sensibilidade e resolução.
  • A escolha do GMT significaria um telescópio mais barato e com um campo de visão maior.

Para o futuro da astronomia:

  • A escolha de um dos projetos pode levar a uma concentração de recursos em uma única tecnologia, limitando a diversidade de abordagens na pesquisa espacial.
  • A decisão pode influenciar a colaboração internacional em projetos futuros de telescópios.

A escolha entre o TMT e o GMT é uma decisão difícil, com implicações importantes para a astronomia americana e global. A comunidade científica aguarda ansiosamente a decisão da NSF em maio de 2024, na esperança de que a escolha seja feita com base em critérios científicos rigorosos e que beneficie o futuro da pesquisa espacial.

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