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Dengue: quais os tipos da doença que existem e seus sintomas?

Imagem: Pexels/ Pixabay

A dengue é uma doença infecciosa febril aguda que varia em gravidade. Esta variação depende de vários fatores, incluindo o tipo específico de vírus envolvido, uma infecção anterior pelo vírus da dengue e condições individuais de saúde, como doenças crônicas.

O vírus da dengue, pertencente à família dos flavivírus, é classificado como um arbovírus, que são vírus transmitidos por artrópodes, como mosquitos e carrapatos.

O principal vetor da doença é o mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão do vírus a humanos. Existem quatro sorotipos distintos do vírus da dengue, identificados como DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4.

Cada um desses sorotipos é capaz de causar a doença, e a infecção por um sorotipo não garante imunidade contra os outros.

Isso significa que uma pessoa pode ser infectada até quatro vezes, cada uma potencialmente por um sorotipo diferente do vírus.

A diversidade desses sorotipos contribui para a complexidade do controle e do tratamento da dengue, pois cada infecção subsequente por um sorotipo diferente pode aumentar o risco de formas mais graves da doença, como a dengue hemorrágica.

Sintomas e indicadores da Dengue

Os sintomas da dengue podem variar de leves a graves. Os indivíduos infectados podem experimentar febre, dor de cabeça, dores musculares e náuseas.

Em alguns casos, podem não apresentar sintomas. Sinais de alerta de dengue hemorrágica, uma forma grave da doença, incluem manchas vermelhas na pele, sangramentos (como pelo nariz ou gengivas), dor abdominal intensa e vômitos persistentes. Esta forma da doença requer atenção médica imediata, pois pode ser fatal.

É de suma importância procurar orientação médica ao primeiro sinal de sintomas, pois as manifestações iniciais da doença podem ser semelhantes a outras doenças febris.

Variações e gravidade da doença

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imagem: pixabay

Todos os quatro sorotipos do vírus da dengue – DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4 – têm a capacidade de causar infecções que variam de assintomáticas a graves.

Essa variação é um aspecto crucial da doença, pois não permite uma previsão exata da gravidade com base apenas no tipo de sorotipo.

A gravidade da dengue tende a ser mais acentuada em infecções subsequentes, independentemente do sorotipo envolvido.

Isso ocorre devido ao fenômeno da imunidade cruzada, onde uma infecção anterior por um sorotipo pode levar a uma resposta imunológica mais severa em infecções subsequentes por outros sorotipos.

Interessantemente, os sorotipos 2 e 3 são frequentemente considerados mais virulentos, associados a um maior risco de desenvolver formas graves da doença, como a dengue hemorrágica.

Essa distinção ressalta a importância de uma vigilância contínua e de estratégias de prevenção adaptadas para controlar a propagação de todos os sorotipos do vírus da dengue.

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Transmissão e tratamento

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imagem: mosquito Aedes aegypti por pixabay

A transmissão da dengue ocorre exclusivamente através da picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti, que se torna infectada ao picar uma pessoa já infectada pelo vírus.

Uma vez infectado, o mosquito pode transmitir o vírus para outras pessoas. Importante destacar que não existe transmissão direta de pessoa para pessoa, nem através de objetos ou alimentos contaminados.

O tratamento da dengue é sintomático e de suporte, uma vez que não há medicamento específico para combater o vírus.

A hidratação, seja oral ou intravenosa, é fundamental para a recuperação do paciente. Além disso, é crucial o monitoramento dos sinais vitais e dos sintomas para prevenir complicações.

Medicamentos contendo ácido acetilsalicílico (como aspirina) e antiinflamatórios não esteroides devem ser evitados, pois podem aumentar o risco de sangramentos e complicações hemorrágicas.

A prevenção da dengue é primordialmente focada no controle do vetor, o mosquito Aedes aegypti.

Isso envolve a eliminação de locais de acúmulo de água parada, que servem como criadouros para o mosquito.

Medidas simples, como manter recipientes fechados, limpar calhas, e trocar a água de vasos de plantas regularmente, são eficazes.

Além disso, o uso de repelentes, mosquiteiros e roupas que minimizem a exposição da pele podem ajudar a prevenir picadas.

A conscientização pública e ações comunitárias são fundamentais para manter os ambientes livres de criadouros e, consequentemente, reduzir a incidência da dengue.

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