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Existe uma maneira surpreendentemente simples de remover microplásticos da água potável

Imagem: Pexels/ Pixabay

Cientistas descobriram uma maneira eficaz de remover microplásticos da água potável, utilizando um método surpreendentemente simples que pode ser realizado com itens comuns encontrados na cozinha. Esta descoberta, proveniente de uma colaboração entre pesquisadores da Universidade Médica de Guangzhou e da Universidade de Jinan na China, apresenta uma solução prática para um problema crescente. Com a presença alarmante de fragmentos minúsculos de plástico infiltrando-se em nossa comida e bebida, a necessidade de uma estratégia acessível e eficiente para purificar a água tornou-se mais crítica do que nunca. Este método, que combina fervura e filtragem, mostrou-se capaz de remover até 90% dos microplásticos em testes realizados tanto em água mole quanto em água dura de torneira.

A eficácia do processo varia de acordo com o tipo de água, sendo particularmente mais efetiva em água dura, que naturalmente acumula calcário (ou carbonato de cálcio). Mesmo em água mole, onde há menos carbonato de cálcio dissolvido, aproximadamente um quarto dos microplásticos foi removido. Os resíduos de plástico, presos no calcário, podem ser facilmente eliminados usando um filtro simples, como uma peneira de malha de aço inoxidável usada para coar chá. Este método não só destaca a possibilidade de “descontaminar” a água potável em casa, mas também abre caminho para reduzir a ingestão humana de microplásticos de maneira inofensiva.

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A importância da fervura e filtragem

A pesquisa sugere que beber água fervida pode ser uma estratégia viável a longo prazo para diminuir a exposição global a microplásticos. Com o avanço da poluição por plásticos, torna-se imperativo encontrar maneiras de minimizar sua entrada em nossos corpos. Embora ainda não esteja totalmente claro o quão prejudiciais esses microplásticos podem ser para a saúde, estudos anteriores já associaram partículas de plástico a potenciais riscos à saúde. Portanto, a adoção de práticas simples como esta pode ser um passo significativo para proteger nossa saúde e meio ambiente.

Futuras pesquisas e implicações

O time por trás deste estudo está ansioso para ver mais pesquisas sobre como a água fervida pode bloquear materiais artificiais de entrar em nossos corpos, possivelmente contrariando alguns dos efeitos alarmantes já observados. Os resultados estabelecem uma base sólida para investigações futuras, com um número muito maior de amostras, visando uma estratégia altamente viável para reduzir a exposição humana a microplásticos. Este método simples, mas eficaz, destaca a importância de soluções acessíveis e práticas na luta contra a poluição por plásticos, oferecendo esperança para um futuro mais saudável e sustentável.

A descoberta de uma técnica simples para remover microplásticos da água potável representa um avanço significativo na busca por soluções acessíveis e eficazes para um problema ambiental e de saúde pública crescente. A capacidade de reduzir a presença dessas partículas nocivas em nossa água, usando métodos que estão ao alcance de quase todos, não apenas destaca a importância da inovação prática, mas também reforça a necessidade de ação individual e coletiva na luta contra a poluição por plásticos.

Este método, baseado na fervura seguida de filtragem, oferece uma estratégia viável e de baixo custo que pode ser implementada imediatamente por indivíduos em todo o mundo, independentemente de sua localização ou recursos financeiros. Além de sua simplicidade, o processo tem o potencial de se tornar uma prática comum no dia a dia, contribuindo significativamente para a redução da ingestão de microplásticos e, possivelmente, minimizando seus efeitos adversos à saúde.

No entanto, enquanto esta técnica oferece uma solução parcial e imediata, ela também sublinha a urgência de abordar a questão dos microplásticos de maneira mais ampla e sistemática. A necessidade de mais pesquisas para entender completamente os impactos dos microplásticos na saúde humana e nos ecossistemas permanece crítica. Além disso, é essencial que continuemos a buscar inovações em materiais, processos de fabricação e gestão de resíduos para reduzir a produção e o descarte de plásticos em sua origem.

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