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Você sabia que o código de barras já foi em forma de círculo

Imagem: Pexels/ RDNE Stock project

O código de barras, uma presença tão comum em produtos do dia a dia, nem sempre teve o formato que conhecemos hoje. Nos primórdios de sua concepção, a ideia de um código de barras em forma de círculo, conhecido como “bullseye barcode”, quase se tornou a norma. Essa forma circular foi uma das primeiras tentativas de criar um sistema que permitisse a leitura automática de informações sobre produtos, uma inovação que prometia revolucionar o varejo e a gestão de estoques.

A história do código de barras é marcada por uma série de inovações e experimentações. O design em forma de círculo foi proposto por Norman Joseph Woodland e Bernard Silver, dois estudantes que buscavam uma solução para automatizar o processo de checkout nos supermercados. Eles imaginaram um sistema que poderia codificar informações de forma visual e ser lido por uma máquina, agilizando o processo de venda e reduzindo erros.

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A evolução do código de barras

Apesar do potencial do design circular, o “bullseye barcode” enfrentou desafios significativos. Um dos principais problemas era a distorção; a leitura do código se tornava difícil se o símbolo estivesse sujo, molhado ou amassado. Além disso, a tecnologia de leitura e impressão da época não era suficientemente avançada para lidar com a complexidade e a precisão necessárias para um sistema baseado em círculos.

Com o tempo, o design evoluiu para o formato linear que conhecemos hoje, mais resistente a danos e mais fácil de imprimir e ler com a tecnologia disponível. Em 1974, o primeiro produto com um código de barras linear foi escaneado: um pacote de chicletes da Wrigley, marcando o início de uma nova era no varejo. O sistema não apenas simplificou o processo de checkout, mas também revolucionou a gestão de estoques, o rastreamento de produtos e a coleta de dados de vendas.

O legado desses códigos

O código de barras linear tornou-se um padrão global, presente em quase todos os produtos que compramos. Sua influência vai além do varejo, impactando a logística, a saúde, a fabricação e muitos outros setores. A capacidade de codificar uma grande quantidade de informações em um pequeno espaço e de ler essas informações rapidamente e sem erro transformou muitos aspectos de nossas vidas cotidianas.

No entanto, o legado do “bullseye barcode” ainda vive. Os códigos QR, por exemplo, que são amplamente utilizados para tudo, desde o acesso a menus de restaurantes até pagamentos e publicidade, são uma evolução do conceito original de Woodland e Silver. Eles mostram que a ideia de codificar informações de forma visual e acessível continua a ser uma força poderosa na inovação tecnológica.

A história do código de barras, desde sua concepção inicial em forma de círculo até o design linear que dominou o mercado, é um testemunho da evolução da tecnologia e da inovação. O “bullseye barcode” pode não ter se tornado o padrão, mas a busca por uma solução eficiente para a leitura automática de informações abriu caminho para os códigos de barras modernos e outras tecnologias de codificação de informações. Essa jornada destaca a importância da adaptação e da evolução contínua em resposta aos desafios tecnológicos e às necessidades do mercado.

Além disso, a história do código de barras nos lembra da natureza incremental da inovação. Cada passo, cada tentativa, mesmo aquelas que não se tornam predominantes, contribui para o corpo de conhecimento e abre portas para futuras inovações. O “bullseye barcode” não é apenas uma nota de rodapé na história da tecnologia; é um marco que simboliza a persistência, a criatividade e a visão que impulsionam o progresso humano. À medida que continuamos a avançar na era digital, as lições aprendidas com o desenvolvimento do código de barras permanecem relevantes, inspirando novas gerações de inventores e inovadores.

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