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Energético: vilão ou mocinho para a saúde

Imagem: Pexels/ Jesper Brouwers

Os energéticos tornaram-se uma presença constante em nossas vidas, prometendo manter-nos despertos e energizados.

Disponíveis em supermercados, postos de gasolina e farmácias, essas bebidas são frequentemente consumidas por pessoas com estilos de vida agitados ou por aqueles que desejam evitar o sono em momentos inoportunos.

No entanto, a questão crucial permanece: os energéticos são benéficos ou prejudiciais à nossa saúde?

Os energéticos contêm altas doses de cafeína, taurina e açúcar, cada um com seus próprios efeitos no corpo.

A cafeína é conhecida por suas propriedades estimulantes, melhorando a cognição e a percepção do esforço, enquanto a taurina, produzida naturalmente pelo corpo, tem ação detoxificante e antioxidante.

No entanto, o consumo excessivo dessas substâncias pode levar a problemas neurológicos, cardíacos e psiquiátricos, incluindo depressão, ansiedade, aumento da pressão arterial, fadiga e distúrbios do sono.

Impacto na saúde mental e física

Especialistas alertam sobre os perigos do uso excessivo de energéticos, especialmente para indivíduos com transtornos psicológicos ou psiquiátricos, pois pode agravar essas condições.

Além disso, a privação do sono causada pelo consumo dessas bebidas pode ter efeitos negativos a longo prazo, como alterações na memória, atenção, comportamento e aumento dos riscos cardiovasculares e de obesidade.

Energéticos e o sistema cardiovascular

Do ponto de vista cardiológico, os energéticos são estimulantes do sistema nervoso central e não verdadeiras fontes de energia.

O consumo excessivo pode levar ao aumento da pressão arterial, dos batimentos cardíacos e da frequência respiratória, podendo causar arritmias cardíacas.

Além disso, o uso contínuo dessas bebidas pode entrar em um ciclo vicioso de privação de sono, exacerbando problemas de saúde existentes.

Energéticos, álcool e drogas

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imagem: pixabay

A combinação de energéticos com álcool e drogas ilícitas é particularmente perigosa, podendo levar a reações severas, como convulsões e até parada cardíaca.

A mistura de cafeína e taurina com álcool pode mascarar os efeitos do álcool, levando a um consumo excessivo e potencial intoxicação.

Este cenário é alarmante, especialmente entre os jovens, que frequentemente buscam essa mistura para prolongar a diversão em festas e eventos sociais, sem estar plenamente conscientes dos riscos envolvidos.

Quando energéticos são misturados com álcool, o efeito estimulante da cafeína pode ocultar os sinais de embriaguez, levando os indivíduos a subestimar o nível de álcool no sangue.

Isso pode resultar em comportamentos de risco, como dirigir sob influência de álcool ou participar de atividades perigosas.

Além disso, essa combinação aumenta significativamente a carga sobre o coração e o sistema nervoso, podendo resultar em complicações cardíacas graves.

O uso concomitante de energéticos com drogas ilícitas amplifica ainda mais esses riscos. Substâncias como ecstasy ou cocaína, quando combinadas com os componentes estimulantes dos energéticos, podem levar a uma sobrecarga cardiovascular extrema.

Isso aumenta o risco de eventos cardíacos graves, incluindo arritmias e infarto do miocárdio. Além disso, essa mistura pode causar desidratação severa, hipertermia e problemas renais, que podem ter consequências fatais.

É fundamental destacar a importância da educação e conscientização sobre os perigos dessa combinação.

Campanhas de saúde pública e iniciativas educacionais devem ser direcionadas, especialmente aos jovens, para alertar sobre os perigos de misturar energéticos com álcool e drogas ilícitas.

A prevenção e a informação são chaves para reduzir a incidência de casos graves relacionados ao consumo dessas misturas potencialmente letais.

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Consumo responsável de energéticos

Quanto ao consumo seguro de energéticos, é difícil estabelecer uma regra geral devido às diferenças individuais no metabolismo e na sensibilidade à cafeína e taurina.

Pessoas com condições de saúde específicas, como diabetes, hipertensão ou ansiedade elevada, devem evitar essas bebidas. Em geral, recomenda-se limitar a ingestão de cafeína a 2,5 mg por quilo de peso corporal.

Embora os energéticos possam oferecer benefícios temporários de alerta e energia, seus riscos potenciais à saúde, especialmente quando consumidos em excesso ou combinados com álcool e drogas, não podem ser ignorados.

É crucial consumir essas bebidas com moderação e estar ciente de como elas podem afetar sua saúde a curto e longo prazo.

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