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As plantas venenosas que amamos comer

Muitas pessoas adoram testar novas receitas e provar sabores exóticos. Entretanto dependendo do alimento é melhor ter cuidado pois a diferença entre a vida e a morte pode estar numa mordida. Separamos algumas plantas venenosas, mas comestíveis e úteis para as pessoas como medicamento, se ingeridas do jeito certo.

Atropa Belladonna ou Erva-moura mortal

Belladonna

A Beladona é um arbusto com flores rosadas em formato de sino ou cálice e os frutos ao amadurecerem são arredondados, negros e brilhantes.

A planta ganhou o nome de Belladonna, que em italiano significa moça bonita, porque as mulheres costumavam usar o seu extrato nos olhos para dilatar as pupilas e deixar a face rosada se tornando assim mais atraentes segundo os padrões de beleza da época.

A Atropa Belladonna é uma planta que contém princípios ativos venenosos, distribuído em suas folhas, raízes, flores e frutos, sendo que o teor de concentração varia conforme a parte da planta utilizada.

Todas as partes da beladona são tóxicas, mas são os seus frutos que contém a maior quantidade de atropina, um derivado dos alcalóide de tropano assim como a cocaína.

A atropina interfere na atuação da acetilcolina no organismo e age nas terminações nervosas parassimpáticas inibindo-as. Porém em doses controladas de 0,5 a 1,0mg ela possui função medicinal.

A Atropina é Indicada como:

  • Pré-anestésico,
  • Brônquio dilatador,
  • Antiespasmódico,
  • no tratamento de edema pulmonar,
  • Anti-secretor (reduz a sudorese),
  • Para tratar bradicardia sinusial e
  • Antídoto contra intoxicação por inseticidas e adubos químicos.

Entretanto, mesmo usada com prescrição médica e nas doses corretas, a Beladona possui efeitos colaterais intensos como:

  • Boca e pele secos,
  • Aumento dos batimentos cardíacos,
  • Náusea,
  • Sensibilidade a luz,
  • Tontura,
  • Perda do paladar,
  • Retenção de urina,
  • Sonolência,
  • Febre e
  • Visão turva entre outros.

Além disso a planta possui outras substâncias toxicas além da atropina como a I-hiosciamina, northiosciamina, noratropina, escopolamina e hidroxicumarina. Todos com efeitos similares aos da atropina.

Mas se a beladona for usada sem prescrição e ocorrer uma dosagem muito alta, a intoxicação causa confusão mental, alucinação, dificuldades para respirar e, dependendo do grau de envenenamento, pode levar a morte. A planta pode ser encontrada com facilidade em países da Europa, Norte da África e Ásia Ocidental na beira de rios e lagos.

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Noz Moscada

Noz Moscada

A noz moscada é o fruto da Moscadeira, uma árvore com cerca de 15 metros de altura e de grande porte, cuja origem é a Indonésia. Esta especiaria é muito apreciada em vários países, principalmente no continente europeu.

Por ter um sabor peculiar, um misto de canela com pimenta, pode ser usado no preparo de alimentos salgados ou doces. Geralmente é vendida em pó, e se usado com moderação, com porções de no máximo 5g por dia, se torna um tempero delicioso e ideal para cuidar da saúde.

Isto porque a noz moscada, na dose certa, tem um excelente poder antioxidante. Além disso auxilia na digestão, evita os sintomas de depressão, ajuda o organismo na prevenção de certos tipos de câncer, principalmente o hepático, e reduz crises de ansiedade e convulsões.

Todavia se ingerida em doses exageradas, acima de 5g por dia, a noz moscada é venenosa pois possui em sua composição a miristicina que em altas doses causa o mesmo efeito que as anfetaminas como o ecstasy, provocando alucinações, alteração de personalidade, distorção da percepção das cores e alienação da realidade.

Contudo a noz moscada quando usada na dosagem certa como condimento, torna ainda mais saborosos pratos preparados com molhos, carnes brancas, purês entre outros. Inclusive por ser levemente adocicada, fica muito bem em algumas sobremesas, lembrando o sabor da canela misturado com o cravo.

Mandioca Brava

Mandioca Brava

O grande perigo desta planta, além de ser venenosa, é a dificuldade em diferenciá-la da mandioca comestível. Em virtude disto, a mandioca brava não é utilizada na culinária ou para alimentar os animais assim que colhida.

Entretanto seu uso é liberado na indústria para a extração da fécula e na produção de polvilho e farinhas pois ao passar pelo processo de industrialização a raiz deixa de ser venenosa e, portanto, pode ser consumida sem causar danos a saúde.

A raiz da mandioca brava está cheia de um veneno chamado ácido cianídrico, mais conhecido como cianeto. O ácido cianídrico é muito usado em pesticidas, adubos químicos, na fabricação de acrílico, plástico e alguns corantes.

Sendo que nos Estados Unidos, ele é utilizado na forma de gás nas câmaras de execução de criminosos condenados a pena de morte, nos estados em que isto é permitido.

No corpo humano, o cianeto causa a morte das células por asfixia e em seguida a paralisia no sistema nervoso central e, por fim, o óbito. Mas no caso das câmaras de gás, ao inalar o cianeto, a morte é instantânea.

Todas estas plantas são perigosas, mas a grande maioria só apresenta riscos se consumidas em grandes quantidades ou, como no caso da mandioca brava, se for confundida com outra espécie similar e comestível in natura.

Na dúvida é melhor procurar um especialista que possa explicar sobre a planta ou simplesmente se afastar. Inegavelmente quando um envenenamento acidental assim ocorre , o mais difícil é descobrir a causa e chegar ao hospital a tempo.

 

Créditos de imagem: Pixabay

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