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Síndrome “Walking Dead”

Síndrome Walking Dead bem poderia ser o apelido para uma doença rara chamada Síndrome do Cadáver. Diagnosticada pelo psiquiatra neurologista e neurocientista francês Jules Cotard em 1880. Antes que alguns comecem a cogitar um apocalipse zumbi, como mostra a série baseada nos quadrinhos de Robert Kirkman, já aviso que esta doença, em casos específicos, é tratável e muitas vezes curada. Zumbis caminhando pelas cidades e comendo carne humana fica para a ficção no cinema.

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Síndrome do Cadáver

Ou Síndrome de Cotard, é uma doença mental rara onde o doente acredita que está morto e em estado de putrefação, sem sangue com órgãos faltando e até sem alma. Alguns doentes, inclusive, foram encontrados perambulando em cemitérios, procurando seus túmulos.

A doença ataca a mente mas pode ter várias causas como uma reação fisiológica adversa a um fármaco o aciclovir e o valaciclovir.  A razão seria  intoxicação que algumas pessoas sofrem ao 9-Carboximetroximetilguanina, principal metabólico deste tipo de droga. Além disso, pacientes com quadros de psicose como a esquizofrenia, depressão crônica , tumor cerebral, transtorno bipolar e  lesões orgânicas do córtex temporoparietal no cérebro, podem desencadear a Síndrome.

Síndromes relacionadas

A síndrome de Capgras e a síndrome de Cotard estariam, neurologicamente, relacionadas. Enquanto na síndrome do cadáver o doente nega a própria existência; na Capgras o doente não reconhece as pessoas a sua volta, amigos e familiares, acreditando que foram substituídos por impostores. Ambas as doenças são causadas por delírios devido a uma desconexão neural. Isso dá ao doente a ilusão de que o ambiente e seu próprio corpo lhe são estranhos.

Síndrome de Walking Dead

Se a história de Robert Kirkman fosse possível, talvez a Síndrome do Cadáver seria a explicação mais plausível para a ficção se tornar realidade. Para os doentes no auge do delírio, a vida real deve ser um pesadelo digno do apelido síndrome Walking Dead. Apesar de a doença ser mental devido à distúrbios neurológicos, nem sempre existe a necessidade de internação do paciente para tratamento psiquiátrico, pois alguns destes casos são desencadeados devido a intoxicação do corpo por metabólicos de drogas ou por insuficiência renal e podem ser resolvidos pela medicina convencional. Os pacientes curados podem retomar suas rotinas e deixar o pesadelo vivido para os filmes de terror.

 

 

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