Narges Mohammadi: ganhou prêmio Nobel da paz de 2023 e não tem liberdade para o receber

Após 122 anos de sua criação, inspirada por uma mulher, o prêmio Nobel da paz é dado a uma mulher,Narges Mohammadi. Que, irônicamente, por lutar pela paz, está presa e não pode receber o Nobel, pessoalmente.
Venha descobrir sobre este prêmio especial, inpirado por uma mulher pouco conhecida e veja quem é Narges Mohammadi.

A História do Nobel

Embora o Prêmio Nobel tenha surgido em cumprimento do testamento que Alfred Nobel escreveu um ano antes de morrer.

Onde nesse testamento, Alfred Nobel deixou mais de 90% de sua fortuna, cerca de 2 bilhões de coroas suecas, valor que corresponde a mais de 1 bilhão de reais, a fim de que um prêmio fosse criado com o intuito de homenagear, premiando pessoas que realizassem grandes ações em benefício da humanidade,
nem tudo foi paz da vida de Alfred Nobel.

Ele passou muitas dificuldades na infância, inclusive fome e frio. Tanto que perdeu muitos irmãos devido a pobreza extrema em que viviam. Porém seu pai era inventor e quando conseguiu melhrar um pouco as condições de vida da familia, mandou os filhos para a escola.

Assim, quando foi estudar quimica em Paris, ao voltar para Estocolmo, passou anos aprimorando o explosivo que o tornaria famoso: a nitroglicerina.

Então, na realidade, Alfred Nobel fez sua incrível fortuna produzindo armas e explosivos, principalmente a dinamite.

Mas apesar do seu trabalho, ele se considerava um pacifista e inventor, sendo proprietário de inúmeras patentes de inveções úteis para a população, e das quais pretendia industrializar e disponibilizar.

Tanto que o Prêmio Nobel nasceu não só para incentivar as pessoas a realizar grandes feitos em nome da paz, mas também para que novas grandes personalidades surgissem nas aréas da Física, Química, Medicina e Literatura. Por isso o prêmio também possui essas categorias, além da Paz.

Curiosamente a primeira pessoa a receber o premio Nobel foi uma mulher, a melhor amiga de Alfred Nobel, Bertha von Suttner.

Afinal, nada mais justo pois ela era uma pacifista e tornou-se internacionalmente reconhecida por sua defesa da paz e ganhou o primeiro Nobel da Paz, que foi oferecido no mundo em 1905 sendo que o prêmio surgiu em 1901.

Portanto nada mais interesante do que em 2023 ser outra mulher a ganhadora do Nobel da paz, principalmente alguém que luta tanto em defesa de quem precisa.

Vamos saber um pouco sobre Narges Mohammadi, que ganhou premio Nobel da paz de 2023 e não tem liberdade para o receber.

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Narges Mohammadi, Nobel da Paz de 2023

Narges Mohammadi é uma mulher iraniana graduada em física e tornou-se engenheira profissional pela Imam Khomeini International University.

Mas ela sempre teve uma inclinação para a politica e para o jornalismo, tanto que escreveu artigos de apoio aos direitos das mulheres no jornal estudantil e foi presa em duas reuniões do grupo estudantil político Tashakkol Daaneshjuyi Roshangaraan.

Então foi assim que escreveu como jornalista para vários jornais reformistas e publicou um livro de ensaios políticos intitulado As reformas, a estratégia e as táticas.

Porém a vida politica de Narges só iniciou em 2003 quando se juntou ao Centro de Defensores dos Direitos Humanos, liderado pela ganhadora do Prêmio Nobel da Paz Shirin Ebadi ela mais tarde se tornou a vice-presidente da organização.

A partir deste momento a vida de Narges Mohammadi seria uma sucessão de problemas com a policia devido aos imúmeros comflitos em defesa das mulheres e dos direitos humanos no país.

Inclusive em maio de 2016, ela foi condenada a 16 anos de prisão em Teerã, por participar e orquestar um movimento de direitos humanos que faz campanha pela abolição da pena de morte.

Principalmente denunciando os abusos fisícos e psicológicos vividos por ela mesma e outras tantas detentas na prisão de Evin na capital Iraniana, Teerã.

Devido a sua dedicação e influência, em 2022, ela foi nomeada na lista das 100 mulheres mais inspiradoras do mundo da BBC. E, mais tarde, devido a isso em 6 de outubro deste ano Narge recebeu o Nobel da Paz.

Na homenagem para ela foi dito que ela recebeu devido a “sua luta contra a opressão das mulheres no Irã e pela sua luta para promover os direitos humanos e a liberdade para todos”.

Atualmente ela continua na prisão de Evin na capital Iraniana, Teerã. Sendo, inclusive condenada a castigo fisico, ou seja, 154 chicotadas nas costas, uma punição que o grupo de direitos humanos internacional acredita não ter sido aplicada, ainda.

E esperamos que não seja, mas que ela possa ser libertada, aliás o prêmio ela recebeu indiretamente e falou com a imprensa através de um vídeo gravado dentro da prisão.