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A máscara N95 nasceu de um sutiã: Conheça a história

Sara Little Turnbull uma criativa designer de produtos e uma visionária no seu ramo, idealizou a máscara N95, que nasceu de um sutiã. Porém foi o taiwanês Peter Tsai que a tornou ideal para o ambiente hospitalar. Inegavelmente ambos com apoio de uma esquipe especializada.

A máscara foi batizada como N95 porque é eficiente na captura de partículas” Não” oleosas, vindo a letra N, de “não”, e retém até 95% de micropartículas de até 0,3 micrômetros presentes no ar.

Sara Little Turnbull e Peter Tsai

Sara L. Turnbull

Sara foi uma designer de produtos que durante muito tempo trabalhou como editora de uma revista especializada em decoração.

Entretanto somente em 1958, quando ela abriu sua própria empresa de consultoria de design industrial, foi quando começou a trabalhar tendo a 3M como cliente, nesta época e empresa descobriu um polímero que quando derretido podia criar tecidos especiais onde as fibras não ficavam entrelaçadas como nos tecidos convencionais.

Estes tecidos feitos com o polímero, sem entrelaçamento eram finos, leves e moldáveis e, por causa destas características a designer teve inúmeras idéias de uso para o material, dentre eles um sutiã mais leve, anatômico e confortável.

Porém, durante o processo de criação da lingerie Sara acompanhou familiares que precisaram de atendimento hospitalar e a experiencia a inspirou na criação de máscaras especiais.

Aliás o desenho do bojo do sutiã e o conceito do elástico da roupa intima, nitidamente, inspirou a criação do formato do metal e das fitas que firmam e ajustam a N95 no rosto.

Entretanto apesar do design anatômico e do tecido poroso que permitia respirar com mais facilidade, a máscara criada por Sara não pode chegar aos hospitais pois não tinha um sistema de filtragem que impedissem a entrada de agentes patogênicos pela máscara, não sendo segura para o ambiente hospitalar.

Porém no setor industrial, principalmente na construção civil, onde os funcionários precisavam usar maścaras para proteger os pulmões de micropartículas toxicas como o carvão e o amianto, a máscara foi um sucesso.

Contudo, no ano de 1992 o taiwanês Peter Tsai era pesquisador da Universidade do Tennessee, em Knoxville e passou a estudar engenharia de materiais o que permitiu que desenvolvesse uma tecnologia de filtragem que utilizava um processo elétrico chamado descarga de corona.

O material submetido ficava totalmente ionizado, ou seja, este efeito eletrostático incorporado ao tecido da N95 aumentou a capacidade de filtragem da máscara, impedindo a entrada de vírus e bactérias através do tecido.

Aliás fazia com que as partículas, mesmo as menores, aderissem ainda mais ao tecido como um ímã, tornando-a ideal para ser usada em hospitais de acordo com o objetivo da designer Sara Turnbull.

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Peter Tsai

A máscara é muito mais indicada para os profissionais da saúde que precisam lidar diretamente com agentes patogênicos que ficam no ambiente, podendo ser inalados através da respiração, como o Sars- CoV-2, causador da Covid-19.

A N95 evita a inalação do vírus que vem de fora da máscara, enquanto que as máscaras cirúrgicas comuns e as de tecidos feitas em casa, reduzem a quantidade de vírus propagados pelo ar.

Em virtude da pandemia e da falta de máscaras N95 em hospitais e clinicas médicas, o taiwanês Peter Tsai, que havia se aposentado em 2019, resolveu voltar ao trabalho para tentar aprimorar o sistema de filtragem da máscara para que ela possa ser reutilizada muitas vezes, reduzindo assim a falta do material de proteção.

Peter Tsai,atualmente, trabalha em conjunto com cientistas do mundo todo na tentativa de estabelecer novos e mais potentes procedimentos de higienização das máscaras que ajudou a criar, colaborando para que os profissionais atuantes na linha de frente desta pandemia fiquem mais resguardados e possam continuar salvando vidas.

 

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