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A Mãe cujo os filhos são peixes

Em Portugal, no século XIV, os marinheiros adotaram Maria como protetora e antes de saírem com os barcos rezavam por segurança contra as intempéries no mar. Assim ela ficou conhecida como Nossa Senhora dos Navegantes. No continente africano segundo os Iorubás, havia uma entidade nascida das águas  que protegia os pescadores, marinheiros, crianças e gestantes. “Yeye ma ajá” ou A Mãe cujo os filhos são peixes.

Nossa Senhora dos Navegantes

A primeira imagem de Nossa Senhora veio da Espanha trazida por Pedro Álvares Cabral em sua nau Capitânia no século XIV. Era a imagem de Nossa Senhora da Boa Esperança e estava sendo levada para a Índia. Ficou em uma capela guardada por Franciscanos e mantida pelos descendentes de Pedro Álvares Cabral.

Os Portugueses temiam sair pelo mar e não retornarem para seus lares. Assim rezavam para Maria pedindo proteção contra as tempestades e todas as adversidades que os impedissem de voltar. Desta maneira nasceu Nossa Senhora dos Navegantes. Além dos marinheiros e pescadores, ela também proteje as mulheres, crianças e gestantes.

Iemanjá ou “Yeye ma Ajá”

No continente africano, no sudoeste da Nigéria, havia uma nação chamada Iorubá. Eles acreditavam na existência de uma entidade nascida das águas. A mãe cujo os filhos eram peixes ou seja pescadores. durante o período passado nas águas era ela quem os trazia em segurança de volta e que os guiava para encontrarem alimento nos rios.

Além disso, a entidade feminina ou orixá chamada Yemanjá, também protegia as mulheres gestantes, principalmente na hora do parto. No século XIX devido à guerras na região, o povo Iorubá abandonou suas terras mas continuaram a cultuar a divindade que teria passado a viver em outro rio proximo a eles. O Rio Ogún.

Sincretismo Religioso

Apesar de terem origens diferentes, ambas as divindades são cultuadas no Brasil. Protetoras dos marinheiros, pescadores, mulheres, crianças e gestantes. O sincretismo religioso entre elas pode ser visto nas semelhanças no seu significado religioso, apesar de manterem as características específicas da cultura de origem. Ambas as divindades são mães protetoras de seus filhos e filhas. No dia dois de fevereiro Nossa Senhora dos Navegantes é homenageada, principalmente nas cidades portuárias. Porto Alegre, capital do Rio Grande Do Sul, tem Nossa Senhora dos Navegantes como padroeira e nesta data é homenageada com uma procissão  de barcos enfeitados com flores no rio Guaíba. A imagem é levada pelas ruas da capital por fiéis religiosos e depois segue pelo rio em um dos barcos.

 

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No dia de Ano Novo, Iemanjá e a mais reverenciada de todas as divindades. As pessoas vestidas de branco enfeitam pequenos barcos com flores e oferendas. As mini embarcações são lançadas nas águas do mar. Ao mesmo tempo todos agradecem as bençãos recebidas e pedem mais para o ano que se inicia.

Independente de ser ou não adepto de alguma doutrina religiosa, as homenagens feitas para as Divindades são muito bonitas e vale a pena conhecer um pouquinho da  sua história

 

Crédito imagem: Luliia Versta / Freepik

 

 

 

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