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5 Curiosidades sobre o Peixe-Bolha

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O peixe-bolha é uma espécie original das águas da Austrália, da Tasmânia e da Nova Zelândia. Sua aparência única e intrigante é resultado de adaptações evolutivas para sobreviver em profundidades abissais, que variam entre 600 e 1,2 mil metros.

Nessas profundidades, a pressão é até 120 vezes maior do que na superfície da Terra, o que exigiu que o peixe-bolha desenvolvesse um corpo bastante peculiar.

Diferentemente da maioria dos peixes, o peixe-bolha, cientificamente conhecido como Psychrolutes marcidus, não possui um esqueleto rígido. E seu corpo é composto por uma massa gelatinosa com ossos finos e macios com cerca de 30 a 40 cm, incapazes de formar um esqueleto tradicional, principalmente sem a pressão das águas.

Essa característica permite que ele flutue suavemente nas profundezas do oceano, sem gastar muita energia. Contudo existem ainda muito mais curiosidades do peixe-bolha.

1 Uma Mãe Incansável

Entre as curiosidades mais fascinantes sobre o peixe-bolha está o comportamento cuidadoso das fêmeas em relação aos ovos.

Desta maneira, ao contrário de outras espécies de peixes, que apenas protegem seus ovos até a eclosão, as fêmeas do peixe-bolha dedicam-se constantemente à limpeza dos ovos.

Aliás elas não se afastam dos ovos em nenhum momento e os limpam regularmente, removendo até mesmo pequenos grãos de areia ou sujeira que possam cobri-los.

Inegavelmente esse cuidado extremo demonstra a importância que as fêmeas do peixe-bolha atribuem à sobrevivência de sua prole.

Da mesma forma se observou que as fêmeas do peixe-bolha são um pouco maiores e mais claras do que os machos, tendo uma diferenciação bem definida entre eles.

2 Uma Aparência Enganadora

A reputação do peixe-bolha como o animal mais feio do mundo foi estabelecida em 2013, quando venceu uma competição internacional promovida pela Ugly Animal Preservation Society.

No entanto, descobrimos que essa fama pode ser enganadora e até mesmo injusta de várias maneiras.
Embora o peixe-bolha pareça estranho e ranzinza quando retirado da água, em seu habitat natural ele se assemelha a um peixe típico e nada tem de agressivo.

Isso ocorre porque a pressão intensa das profundezas do oceano comprime sua massa corporal gelatinosa e seus ossos macios, conferindo-lhe uma forma estrutural mais convencional. Bem como os seus olhos grandes, negros e gelatinosos servem para que o peixe-bolha possa ver perfeitamente no escuro, facilitanto na hora de se alimentar.

Ou seja, se pudessemos descer as grandes profundezas do oceano veríamos um peixe igual aos demais das águas rasas. Portanto, é preciso considerar a perspectiva correta ao avaliar a aparência do peixe-bolha.

3 O Desafio de Estudar o Peixe-Bolha

O estudo do peixe-bolha é desafiador devido ao seu habitat inacessível uma vez que seria necessário descer a mais de 600 metros para alcançá-los, além disso suas características fisicas o impedem de sobreviver nas águas rasas.

No entanto, cada descoberta sobre essa espécie fascinante nos aproxima de desvendar os segredos das profundezas do oceano.

Afinal ao entender a sua adaptação às profundezas abissais,torna possivel aos cientistas compreender como é viável a vida em meio aquele ambiente tão dificil, principalmente para os seres humanos.
Infelizmente a maioria das pesquisas sobre o peixe-bolha foi realizada com base em fotografias ou análises de espécimes mortos.

Sendo a captura de exemplares vivos praticamente impossível, uma vez que seria necessário descer a cerca de 600 metros para alcançá-los. Como resultado, ainda sabemos muito pouco sobre o comportamento e a biologia desse intrigante animal.

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4 A Descoberta do Peixe-Bolha

Inegavelmente a descoberta do peixe-bolha foi um marco significativo na ciência, pois até 2003, havia apenas um registro dessa espécie, quando um exemplar foi encontrado por um navio de pesquisa nas águas da Nova Zelândia em 1983.

Mas em 2003 quando uma expedição cientifica na região de Norfolk Ridge, ao noroeste da Nova Zelândia, conseguiu fotografar e catalogar o peixe-bolha pela primeira vez foi um verdadeiro acontecimento no mundo cientifico.

Tanto que os cientistas ficaram fascinados por essa criatura peculiar que a batizaram de “Sr. Bolinha”. E atualmente, um exemplar pode ser encontrado na Coleção de Ictiologia do Museu Australiano.

Porém muitas pesquisas acontederam dentro deste período e quanto mais se estudo sobre o peixe-bolha mais surpresos os pesquisadores ficam, agora se descobriu sua anatomia única e seu estilo de nadar totalmente diferente dos peixes convencionais.

5 Nado estilo água-viva

A vida nas profundezas abissais é desafiadora e exige adaptações peculiares e extremas de seus habitantes.

No caso do peixe-bolha, por elemplo, ele não possui dentes e nem o órgão semelhante à um balão de ar chamdo de bexiga natatória, características comuns em muitos peixes de águas menos profundas.

Tanto que o corpo gelatinoso e de baixa densidade do peixe-bolha o torna capaz de flutuar no fundo do mar, sendo levado pelas correntes suavemente.

Entretanto a sua dieta, baseada em caranguejos e lagostas, já requer uma certa dose de sorte pois ele precisa encontra-los enquanto flutua pelo oceano.

E epesar de sua aparência mal-humorada, o peixe-bolha não é agressivo e assim como não possui habilidades de caça,sendo na verdade um animal tranquilo e apenas mal compreendido.

Em suma o peixe-bolha é um verdadeiro mistério das profundezas do oceano, pois embora seja conhecido como o animal mais feio do mundo, essa reputação não conta toda sua história.

Sua aparência peculiar é resultado de adaptações evolutivas para a vida nas profundezas abissais. Além disso, sua capacidade de mudar de forma ao ser retirado da água revela a importância de considerar o contexto ao avaliar a beleza de um animal.

Nessas horas é mais inteligente lembrar que julgar algo ou alguém somente pela aparência é o maior dos erros.

peixe bolha
Fathead (genus Psychrolutes) trawled during the NORFANZ expedition at a depth between 1013 m and 1340 m, on the Norfolk Ridge, north-west of New Zealand, June 2003 (AMS I.42771-001). . The scientists and crew on board the RV Tangaroa affectionately called this fish ‘Mr Blobby’. Note the parasitic copepod on Mr Blobby’s mouth. Image: Kerryn Parkinson
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