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Júpiter pode estar colocando a Terra em risco

O maior planeta do sistema solar, com 1.300 vezes o tamanho da Terra, pode estar nos colocando em risco. A alguns anos, pesquisadores sugeriram que Júpiter, ao invés de estar protegendo o Planeta Terra, atraindo e desviando corpos celestes, pode estar na verdade atraindo e impulsionando estes objetos, através da sua grande força gravitacional, para nossa direção.

O maior planeta do sistema solar, com 1.300 vezes o tamanho da Terra, pode estar nos colocando em risco. A alguns anos, pesquisadores sugeriram que Júpiter, ao invés de estar protegendo o Planeta Terra, atraindo e desviando corpos celestes, pode estar na verdade atraindo e impulsionando estes objetos, através da sua grande força gravitacional, para nossa direção.

Kevin Grazier, físico planetário americano, publicou diversos artigos sobre o tema, incluindo um em 2008 intitulado “Jupiter as a Sniper Rather Than a Shield” – Júpiter como atirador de elite em vez de um escudo – em tradução livre. Em 2018 e 2019, Grazier pulicou outros dois artigos complementares ao assunto. O primeiro artigo analisa como os planetas Jovianos (Júpiter, Saturno, Netuno e Urano) afetam os objetos vindo de fora de nosso sistema solar. O segundo artigo deixa claro como Júpiter afeta corpos celestes congelados, transformando-os em cometas com potencial de destruição. Seus estudos deixam evidentes que Júpiter, pode vir a ser uma perigosa ameaça a Terra, ao invés de protegê-la.

Em entrevista para o Gizmodo, Grazier fala: “Na verdade, eu não diria que a teoria está em risco, eu diria que foi colocada para descansar. As nossas simulações mostram que Júpiter tem a mesma probabilidade de enviar cometas para a Terra como para desviá-los, e já vimos isso acontecer de verdade no sistema solar.”

 

Como a análise foi feita?

Kevin Grazier, em seus estudos, tenta identificar principalmente como corpos celestes que se encontram fora de nosso sistema solar, possam vir a nos afetar. Objetos que se encontram no disco disperso, dentro do Cinturão de Kuiper, que circundam próximos ao planeta Netuno, são diretamente influenciados pelos planetas Jovianos.

Através de simulações, Grazier e sua equipe do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, identificaram que a órbita destes objetos, localizados no Cinturão de Kuiper e os corpos congelados localizados entre os planetas Júpiter e Netuno, são influenciados pela força gravitacional dos planetas Jovianos.

Por um longo período de tempo, tanto os planetas como os objetos ao longo de suas órbitas foram acompanhados. Desta forma, previsões foram feitas e analisadas por períodos, mas também caso acontecesse algum evento importante que influenciasse na trajetória de alguns dos objetos, poderiam ser identificados.

Os resultados da pesquisa confirmaram o que já desconfiavam: que a gravidade do grande planeta Júpiter, atrai objetos localizados fora de nosso sistema solar e os transforma em cometas, lançando-os para o interior.

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Além disso, Saturno, Urano e Netuno, assim como Júpiter, contam com uma quantidade de objetos atraídos por eles, confirmando que mesmo que em uma escala menor que Júpiter, os outros planetas Jovianos também podem ser nocivos ao planeta Terra.

 

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