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A maçã da morte, fruto da árvore mais venenosa das américas

A maçã da morte é real e bem podia ser a mesma fruta oferecida nos contos infantis à Branca de Neve. Todos conhecem a história onde a inocente princesa come uma maçã envenenada ofertada pela bruxa malvada e acaba “morta”, até ser salva pelo príncipe encantado.

Manzanilla de la muerte ou pequena maçã da morte

maçã da morte

Entretanto no que se refere a maçã da morte da vida real, o final da história com certeza seria outro. A Mancenilheira ou Hippomane Mancinella como é conhecida no meio científico, é uma árvore muito bonita nativa do litoral das américas, que além de fornecer uma sombra convidativa no calor, também dá frutos que fazem lembrar uma pequena maçã verde, as vezes podendo ser verde amarelada.

Todavia, apesar da aparência inocente, esta árvore é extremamente venenosa. Sua casca produz uma seiva bastante urticante sendo capaz de provocar cegueira se em contato com os olhos .

Aliás, as simples gotas de chuva ao escorrer das folhas e do caule, se entrarem em contato com a pele ou os olhos de alguém pode causar cegueira temporária, podendo evoluir para um problema definitivo.

Além disso, quando sua madeira é queimada, a fumaça é tão toxica sendo capaz de causar severa lesão pulmonar e cegueira permanente.

Mas se nada disto for o suficiente para se manter distante desta árvore, os seus frutos com certeza vão fazer toda a diferença.

As maçãs da morte como são chamadas, é a parte mais venenosa desta planta. A aparência dela é uma mistura de maçã com Pêra, mas o seu interior é macio e suculento.

Dizem que sua ingestão pode causar ser fatal, mas o que se tem certeza é que comer esta maçã causa queimaduras e lesões graves na garganta e no esôfago.

Inegavelmente pode gerar uma gastroenterite severa acompanhada de sangramentos e podendo levar o individuo a entrar em choque devido a desidratação. A melhor coisa é levar a pessoa doente ao hospital com urgência pois caso este quadro se agrave, o envenenamento pode se tornar fatal.

Na Grécia antiga existia uma planta muito similar a Mancenilheira que, segundo o filosofo grego Teofrasto, por volta de 371 a. C. até 287 a.C., causava uma doença nos cavalos quando estes comiam o fruto, ficando completamente enlouquecidos, com danos fisicos permanentes.

A partir deste registro, o taxidermista sueco Linnaeus deu o nome de Hippomane Mancinella a planta semelhante a grega, mas pertencente as américas devido a seu nível tóxico para animais, como os cavalos, e pessoas.

A árvore pode alcançar 20 metros de altura e suas folhas são de um verde brilhante, principalmente em contraste com a sua casca cinza pálida.

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Veneno ou medicamento

Hippomane Mancinella

Primeiramente, por ser uma planta nativa das américas, isto significa que é encontrada na américa do Norte, Central e Sul. Devido ao perigo que representa a maioria dos locais onde existe uma árvore, também existem avisos e sinalizações em torno da planta, indicando o risco e orientando as pessoas a se afastarem.

O principal motivo para esta árvore e seus frutos serem tão tóxicos, é a presença de elementos venenosos como o Forbol ou 12-deoxy-5-hydroxyphorbol-6gamma, uma substancia capaz de gerar fortes queimaduras e reações urticantes na pele.

Além disso, seus frutos contém fisostigmina ou eserina,  substância indicada para o tratamento de várias doenças graves como miastenia gravis, glaucoma, Mal de Alzheimer e esvaziamento gástrico lento, quando indicado por um especialista, numa dose controlada.

Entretanto quando ingerido excessivamente ou sem controle como caso da ingestão das frutas, causa depressão e overdose levando a um problema grave de gastroenterite hemorrágica podendo ser fatal.

Curiosamente em Bonaire, município localizado no mar das Caraíbas, na costa da Venezuela, estas árvores não possuem nenhum aviso ou sinalização de perigo. Aparentemente os habitantes locais não possuem problemas em identificar a planta e se manterem a distância.

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