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Vinho: será o “santo remédio” contra a covid-19?

Que beber uma taça de vinho moderadamente durante um jantar ou para relaxar depois de um dia corrido cai bem, todos sabemos. Mas e se um bom vinho também servir para acabar com o coronavírus? Pois é, novas pesquisas sugerem que o vinho poderia ser o “santo remédio” contra a covid-19.

Pesquisa Inovadora

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De acordo com o novo estudo publicado no mês de dezembro de 2020 pela American Journal of Cancer Research e desenvolvido por pesquisadores da China Medical University de Taiwan:

“….ensaios funcionais usando as partículas do vírus pseudotipadas (Vpp) de SARS-CoV2-S demonstraram que o ácido tânico suprimiu a entrada viral nas células. Assim, nossos resultados demonstram que o ácido tânico tem alto potencial para desenvolver uma terapia anti-COVID-19 como um potente inibidor duplo de duas enzimas independentes essenciais para a infecção pelo SARS-CoV-2…”

O seja o estudo sugere que aparentemente o ácido tânico presente no vinho, pode ser mais uma arma contra a covid-19.

Entretanto de acordo com a pesquisa foram 6 substâncias estudadas, todas oriundas de alimentos fáceis de encontrar e, todas apresentaram potencial contra cepas variadas de coronavírus.

Porém o ácido tânico ou tanino é o único que conseguiu inibir até 90% da atividade enzimática do Sars-CoV-2.

Principalmente as serinas proteases, substancias fundamentais para que as infecções ocorram.  

Os demais 5 compostos naturais de origem alimentícia estudados são: a catequina ,também presente no vinho tinto, o resveratrol, a quercetina, o kaempferol e a proantocianidina.

Todas estas substâncias se mostraram ativas na supressão de infecções virais.

Porém de outros tipos de coronavírus, diferentes da cepa causadora da covid-19. Então qual o papel do vinho como um “santo remédio”?

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Inegavelmente existem alimentos que naturalmente contém substancias que atuam como medicamento no organismo e melhoram a nossa saúde.

Os taninos ou ácido tânico é um exemplo e, estão presentes em algumas hortaliças e frutas.

Assim como em certas cascas, raízes e folhas de árvores como a acácia negra, o carvalho e a castanheira com a castanha.

Mas para os apaixonados por um bom vinho saber que a bebida também contém a substância, que parece combater a infecção por covid-19, é uma boa surpresa.

Aliás o vinho é favorecido duplamente pois adquire o tanino de muitas formas.

Quando o vinho é armazenado em barris feitos de carvalho, madeira rica em ácido tânico, com o tempo a substância é absorvida pela bebida.

Além disso durante o processo de fermentação, cerca de 50% da coloração do vinho tinto e de sua textura se deve a presença dos taninos, que em contato com o ar podem oxidar deixando o vinho turvo.

Tanto que alguns passam por um processo de clareamento que curiosamente, também envolve o ácido tânico.

O processo deixa o vinho translucido e com uma bela aparência, além de conservar a bebida por mais tempo.

Entretanto, a melhor notícia é a possibilidade que o tanino tem, segundo as novas pesquisas, de conter a infecção viral do Sars-CoV-2 em uma porcentagem tão alta, tornando o vinho mais um aliado na luta contra este inimigo invisível.

Tanino para os abstêmios

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Embora o mundo esteja cheio de amantes de um bom vinho, para aqueles que não bebem também existem opções.

O ácido tânico, assim como as outras 5 substancias estudadas na pesquisa, também podem ser ingeridos naturalmente em alimentos fáceis de encontrar.

Por exemplo na castanha, na romã, no abacaxi, na cereja, no chocolate, no chá verde, na maçã entre outros.

Além disso em hortaliças como nas folhas da couve-flor e do brócolis, na mandioca, taioba, na casca do café, na couve e no caju.

Embora as pesquisas ainda estejam acontecendo e muitas novidades possam a surgir ao longo dos próximos meses, não custa nada ingerir alguns destes alimentos com regularidade.

Pode ser que não seja a cura, mas se alimentar de forma saudável é importante, com ou sem pandemia.

Contudo para os fãs de um bom vinho por que não beber apenas uma taça petiscando algumas castanhas?

Mas sem esquecer da recomendação dos especialistas como o presidente da Associação Brasileira de Enologia que explica “como qualquer bebida alcóolica, o vinho deve ser ingerido com moderação, apenas uma taça por dia”.

Aparentemente nossos avós tinham razão, não é a toa que sobreviveram a outras pandemias como a gripe espanhola, tão graves quanto a causada pela covid-19.

Créditos de imagem: Pixabay

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